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População amazonense chega a 4,1 milhões de pessoas, diz IBGE

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O Estado do Amazonas chega a 4,1 milhões de habitantes em 2019, segundo estimativas divulgadas, ontem (28), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A taxa de crescimento populacional chegou a 1,6% ao ano, um aumento de 0.4 pontos percentuais comparado com a projeção do ano passado (4 milhões). Para especialistas, alto índice de natalidade nas zonas rurais e o crescimento natural da população nos grandes centros urbanos, contribuíram diretamente nos números. A estimativa se refere a 1° de julho de 2019. 

 "Os estados da Região Norte, como o Amazonas, têm um índice de natalidade um pouco maior do que outras regiões do país, na questão do crescimento natural ou vegetativo, principalmente nas áreas rurais, onde  o crescimento de filhos por mulher ainda é maior. Nas áreas urbanas, a exemplo de Manaus, esse crescimento de filhos por mulher é maior acompanhando uma tendência global”, explica o professor e doutor em geografia urbana pela USP (Universidade de São Paulo), Marcos Castro.

Conforme o IBGE, somente Manaus possui mais da metade da população do estado com 52,6% e 2,1 milhões de habitantes. Em seguida vêm as cidades de Parintins (114,2 mil), Itacoatiara (101,3 mil), Manacapuru (97,3 mil) e Coari (85 mil). Juntos, os cinco primeiros municípios somam 2.580.247 habitantes, ou seja,  62,2% da população do Amazonas. Japurá é o município amazonense com a menor população, 2.755 habitantes, seguido de Itamarati com 7.851 habitantes, e Itapiranga com 9.148 habitantes.

Mudança de comportamento

Segundo o professor, a questão do crescimento natural ou vegetativo nos centros urbanos, tende a diminuir e dar uma certa estabilidade populacional devido a mudança do comportamento cultural das pessoas. Ele explica, que o fenômeno acompanha uma uma tendência global, onde o número de mulheres atuando no mercado de trabalho aumentou.

“Nos centros urbanos esse fator tende a diminuir até devido a questão da mudança de comportamento das mulheres e a conquista delas no mercado de trabalho, da busca de melhores condições de vida que repercute na decisão se a mulher vai ou não querer filho”, disse.

Já nas zonas rurais do estado, onde o avanço da mulher no mercado de trabalho e o desenvolvimento urbano ainda não chegaram, o comportamento da população ainda segue a cultural tradicional. “Nas zonas rurais, as mulheres ainda têm um número elevado de filhos, até pela questão cultural. Existe um componente cultural e econômico. As camadas mais pobre da população – que não está associada a pobreza- há um número de filhos com caso maior do que naquelas camadas que têm um nível cultural mais avançado e urbano”, explica.

Questão imigratória

Segundo o professor, apesar da importância do acréscimo migratório da população venezuelana nas estimativas do estado, de modo geral o fator não influencia no âmbito do crescimento demográfico do Amazonas. Porém, a médio prazo ele poder gerar uma influência significativa na população total.

 “Apesar da fronteira, o Brasil é o país que menos recebe venezuelanos. A Colômbia ainda é o país que recebe muito mais. No entanto, em médio prazo isso pode repercutir no aumento populacional do Amazonas. É só observar na dimensão social de como eles estão trabalhando ou nos sinais como pedintes", disse.

Municípios com menor crescimento

Segundo o Ibge, Japurá é o município amazonense com a menor taxa de crescimento (-15,6%), seguido de Fonte Boa (-3,4%) e Jutaí (-3,0%). São oito os municípios amazonenses que possuem taxa de crescimento negativa em 2019. Entre os municípios do Amazonas com as maiores taxas de crescimento, está Manaquiri com 3,1%, seguido de Santa Isabel do Rio Negro (2,9%) e Juruá (2,8%).

Dos 17 municípios com população superior a um milhão de habitantes, 14 são capitais estaduais. Esses municípios concentram 21,9% da população do País. O município de São Paulo continua sendo o mais populoso do país, com 12,25 milhões de habitantes, seguido pelo Rio de Janeiro (6,72 milhões), Brasília (3 milhões) e Salvador (2,9 milhões). Manaus ocupa a sétima posição entre as capitais com maior população do país com 2.1 milhões, sendo àquela com a maior de crescimento entre a dez maiores (1,74%); e a primeira da Região Norte, com Belém/Pa ocupando a décima primeira posição (1,4 milhões).

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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