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Pisco, bebida internacional do Peru

Quem vai ao Peru e não bebe pisco, não conhece completamente o país dos incas. Pisco é uma bebida alcoólica produzida exclusivamente a partir de uvas sem adição de nada, nem água. Se baseia fundamentalmente na destilação do mosto, o sumo das uvas. Pois os manauaras vão poder ter, a partir de hoje, garrafas de pisco em suas adegas com o lançamento oficial da bebida realizado pelo cônsul-geral do Peru, Pedro Júlio Diaz Vargas, em parceria com a BrasVen Coktails, da bartender Nohemi Morillo, no Teatro Amazonas, somente para convidados, proprietários de restaurantes, bares e adegas.

“O objetivo desse encontro é apresentar o pisco aos manauaras e, a partir de Manaus, distribui-lo para o mercado brasileiro”, falou Nohemi.

Desde os tempos coloniais, na costa sul do Peru, crescem as cepas que dão origem ao destilado que é considerado o mais fino e emblemático do país. Com mais de 400 anos de existência, o pisco é uma bebida obtida exclusivamente pela destilação de mostos frescos de ‘uvas pisqueras’, recentemente fermentadas, utilizando métodos que mantêm os princípios tradicionais de qualidade.

“Durante o evento, irei fazer uma série de drinks com pisco, que também será servido puro para que todos o conheçam em sua forma natural”, adiantou.

Pisco

Existe uma ‘rusga’ histórica entre Peru e Chile sobre a exclusividade de se usar a palavra pisco. Enquanto o Peru defende que pisco é uma denominação de origem, assim como o champagne, e que somente pode usar o termo pisco a bebida produzida no Peru, o Chile assegura que pisco é um nome genérico, como vinho ou uísque.

Peru é o titular

Nohemi, apesar de venezuelana, defende que o Peru é o titular exclusivo da denominação pisco, pois a bebida se produz unicamente em território peruano, seguindo as especificações técnicas contidas no Regulamento de Denominação de Origem Pisco.

“Portanto só se pode comercializar e exportar como pisco os produtos que cumprem com as características e métodos técnicos, como condições geográficas particulares, mostos recém fermentados, repouso de três meses, no mínimo, entre outros”, declarou a bartender.

Em 2005 o Peru registrou a denominação de origem ante a Ompi (Organização Mundial de Propriedade Intelectual), passando com isso o Estado peruano a ser o titular da denominação de origem.

Pisco é uma palavra quechua, que significa ave, cuja origem remonta à Villa de Pisco, atualmente localizada no litoral do Peru, um local onde habitavam muitas aves. A cidade de Pisco foi fundada, em 1640, nas imediações do assentamento indígena de mesmo nome.

Durante o encontro de hoje, Nohemi Morillo estará acompanhada do também bartender Márcio Gonzaga na preparação dos drinks que, devido à gama de aromas e sabores, permite o preparo de diversos coquetéis a partir do pisco puro (extraído de uma variedade de uva monovarietal), mosto verde (destilação de mostos frescos de uvas com fermentação interrompida), e blend acholado (obtido da mescla de variedades de uvas (mostos, vinhos e piscos).   

Márcio Gonzaga e Nohemi Morillo

“A gastronomia do Peru é uma das mais conhecidas no mundo e o pisco é a referência peruana internacional em termos de bebida”, ressaltou Nohemi.

Variedade de uvas

O cônsul-geral do Peru, Pedro Júlio Diaz Vargas, assumiu a função há apenas dois meses, em Manaus, e essa sua ação de divulgação do pisco em terras brasileiras segue uma determinação da Direção Geral de Promoção Econômica, órgão ligado ao Ministério das Relações Exteriores do Peru, que realiza ações de política exterior dirigidas a promover o comércio, os investimentos e o turismo receptivo em coordenação com os grêmios empresariais e instituições públicas e privadas do país.

Uvas

“Para se ter ideia da variedade de uvas existentes no sul do Peru, onde se fabrica o pisco, listo oito delas: quebranta, negra criolla, mollar, uvina, Itália, torontel, albilla e a famosa moscatel. Todas são produzidas na costa peruana do Pacífico, em Lima, Ica, Arequipa, Moquegua, nos vales de Locumba, Sama e Caplina, no departamento de Tacna”, informou Nohemi.

A bartender aproveitará a apresentação do pisco para servir dois drinks criados por ela em homenagem ao Amazonas, onde mora há três anos, e vem desenvolvendo ações na área de gastronomia, bem como de ajuda aos refugiados venezuelanos, haitianos e de outros países, que chegam a Manaus.

“Um dos drinks se chama Tucuxi, e tem por base o açaí. O outro eu denominei Amazônia, preparado com guaraná. Em breve os dois drinks estarão sendo servidos no meu restaurante, cujo cardápio é rico de comidas venezuelanas, peruanas, colombianas e brasileiras”, adiantou.

Quem se interessar em adquirir garrafas de pisco para conhecer melhor a bebida peruana, pode solicitar através do (WhatsApp).

Evaldo Ferreira

é repórter do Jornal do Commercio
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