O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro cresceu 1,3% no primeiro trimestre de 2011 ante o trimestre anterior, atingindo R$ 939,6 bilhões em valores correntes. A informação é do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Economistas esperavam um crescimento entre 1% e 1,7% no período, sendo que a mediana das projeções apontava alta de 1,3%.
No confronto com igual período de 2010, houve alta de 4,2%. Entre os países que compõem os Brics (acrônimo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o número superou apenas o obtido pela Rússia em igual intervalo (+4,1%).
“(O resultado) confirma que a economia brasileira se encontra em ciclo sustentável de expansão, em ritmo mais condizente com os equilíbrios interno e externo”, destacou o BC (Banco Central), em nota divulgada à imprensa.
A agropecuária foi o setor que registrou a maior taxa de crescimento na economia brasileira ante o quarto trimestre do ano passado, com 3,3% de incremento.
Na comparação com o primeiro trimestre de 2010, a atividade cresceu 3,1%, puxada por arroz (+18,4%), algodão (+69,5%) e fumo (+16,3%).
“O crescimento está mais relacionado com a parte da agricultura do que com a pecuária”, destacou a gerente da Coordenação de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, o setor de serviços foi o destaque, com incremento de 4%. Todas as atividades registraram alta, com destaque para intermediação financeira e seguros (+6,4%), comércio atacadista e varejista (+.5,5%) e serviços de informação (+5,1%). A alta do setor foi de 1,1% em relação ao 4º trimestre de 2010.
A indústria da transformação avançou 2,8% na comparação com o quarto trimestre de 2010. As indústrias de construção civil (+2%) e eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (+0,7%) também cresceram, enquanto a extrativa mineral amargou queda de 1,5%.
Na comparação com o primeiro trimestre de 2010, o PIB da indústria, como um todo, mostrou alta de 3,5%.
Investimentos e consumo
A FBCF (Formação Bruta de Capital Fixo), que corresponde aos investimentos, subiu 1,2% em relação ao quarto trimestre de 2010. Na comparação com os primeiros três meses do ano passado, avançou 8,8%. A taxa de investimento, medida pela relação entre FBCF e PIB, foi de 18,4%, um pouco mais elevada do que o pontuado em igual trimestre de 2010 (18,2%).
Segundo o BC, os dados indicam “desempenho robusto” e que os empresários brasileiros permanecem confiantes nas perspectivas para a economia do País neste e nos próximos anos.
O consumo das famílias avançou 0,6% ante o quarto trimestre de 2010 e 5,9% no confronto com o mesmo intervalo do ano passado, tendo acumulado alta de 6,4% em 12 meses.
Já os gastos do governo subiram 0,8% ante o quarto trimestre do ano passado, 2,1% em relação aos três meses iniciais de 2010 e 3,2% no espaço de 12 meses.
Na nota, o BC destaca que a demanda doméstica segue como o grande suporte da economia e salienta que a expansão no consumo das famílias foi impulsionada pela expansão “moderada” do crédito e pela geração de emprego e de renda.
