Pesquisar
Close this search box.

Pesquisa aponta crescimento de emprego na construção civil

Historicamente, no Brasil, nos dois últimos meses do ano, as demissões sempre superam as admissões no setor da construção civil. Dessa vez, as demissões ficaram concentradas apenas em dezembro: foram 53,5 mil vagas perdidas, é o que aponta a FGV (Fundação Getulio Vargas). No entanto, na comparação com dezembro de 2008, o número de empregados nas construtoras cresceu 10,21%. Segundo especialistas, o desempenho registrado em 2009 pode ser um bom termômetro do setor de construção para este ano.
Na média do ano, houve aumento de 7,5%, confirmando o ritmo de atividades mais intenso das empresas ao longo de todo o ano.
O segmento imobiliário, que representa mais de 40% dos postos de trabalho formais registrou elevação abaixo da média do ano, de 5,25%. O segmento foi afetado pela redução das vendas e diminuição dos lançamentos do início do ano. Por outro lado, nessa mesma comparação, o segmento de infra-estrutura, favorecido pelo incremento dos desembolsos do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento), apresentou ritmo intenso ao longo do ano e cresceu 8,71%. Vale observar que o segmento é responsável por quase 20% dos postos de trabalho das empresas.
Em 2009, o emprego cresceu em todas as regiões do país, mas o melhor desempenho foi observado nas regiões Nordeste e Sul, que apresentaram elevação de 10,29% e 8,82%, respectivamente, na média do ano. Para 2010, as perspectivas são bastante positivas e as contratações deverão se intensificar. O emprego deve crescer 8%, o que mantém em cena o receio de falta de mão de obra qualificada para o setor.

Alta também na indústria

Segundo o balanço feito pela FGV (Fundação Getulio Vargas) para a Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção), em dezembro, o efeito sazonal também levou a uma queda no emprego da indústria de materiais de construção, que registrou redução de 0,56% em relação a novembro. Na comparação com dezembro de 2008, o saldo é ligeiramente positivo, de 536 postos, indicando a recuperação observada a partir de junho. Nessa última comparação, destacaram-se os segmentos de artefatos de concreto, estruturas metálicas e produtos cerâmicos.
O dado mais importante, segundo a pesquisa é que, tanto na comparação com o ano de 2008, quanto na estimativa para 2010, o segmento de construção civil demonstra crescimento.
Na média do ano, o resultado ainda foi negativo para a indústria, com queda de 1,8%. Os piores resultados foram observados pelos segmentos de produção de ferro-gusa, com retração de 25%, e desdobramento de madeira, com redução de 9,1%.
Em 2010, as perspectivas positivas da construção irão favorecer a indústria que deve manter o ritmo de recuperação de suas atividades. A última sondagem da Abramat realizada entre as empresas indicou um crescimento na intenção de investir nos próximos meses, o que certamente terá efeitos positivos na criação de novos postos de trabalho.
Desde que foi criada, em abril de 2004, a Abramat acompanha e contribui para o crescimento sustentado da Construção Civil, atuando como interlocutora do setor junto ao governo e os fabricantes de materiais de construção.
Entre as questões monitoradas pela entidade, estiveram a desoneração fiscal de produtos para construção, o investimento na habitação de interesse social e a ampliação da capacidade de produção para abastecer o mercado nacional. A partir de 2010, superada a crise financeira internacional, a Abramat aborda questões-chave para o desenvolvimento do setor: a desburocratização para aprovação de projetos de habitação, a capacitação e certificação da mão-de-obra, a conformidade técnica e fiscal na produção de materiais de construção, entre outras.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
Compartilhe:​

Qual sua opinião? Deixe seu comentário

Notícias Recentes

Pesquisar