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Perda de poder no AM preocupa políticos

A Manaus Energia, que incorporou, no fim de março, a Ceam (Centrais Elétricas do Amazonas) pode sair do comando da Eletronorte para a Eletrobras. Como a Centrais Elétricas Brasileiras funciona como um fundo financeiro do sistema elétrico, cuja sede fica no Rio de Janeiro, a partir da fusão a diretoria da Manaus Energia deverá ser extinta, passando a funcionar apenas uma gerência sem poder de comando.
A decisão da Eletrobrás inclui todas as diretorias federalizadas que envolve as empresas de energia elétrica dos Estados do Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Piauí e Alagoas e criar uma diretoria única no Rio de Janeiro para comandar as empresas de energia desses Estados.
O alerta foi manifestado, ontem, pelo deputado Liberman Moreno (PHS) preocupado com os prejuízos que a perda do poder decisório poderá trazer para o Estado, sobretudo aos municípios do interior que já enfrentam dificuldades no abastecimento de energia. O parlamentar propôs a elaboração de um documento, pela Procuradoria Geral da Aleam (Assembléia Legislativa do Estado), em repúdio e para que a decisão seja revertida.
Liberman também sugeriu que o documento fosse encaminhado ao MME (Ministério das Minas e Energia) e à presidência da República pelo líder do governo na Aleam, deputado Sinésio Campos (PT), na condição de presidente do Partido dos Ttrabalhadores no Amazonas.

Articulação
geral
Sinésio Campos ressaltou que a medida não atingirá apenas o Amazonas. Ela também incluiu mais cinco Estados, onde as diretorias serão substituídas por gerências e as sedes transformadas em escritórios de representação. De acordo com o parlamentar, a mudança é de caráter terminativo e propôs que, além do documento de desagravo enviado ao MME e ao presidente Lula, a ALE/AM articule ação política com as assembléias, bancadas de deputados federais e senadores, dos estados envolvidos, para barrar a decisão. “O governo do Estado já está fazendo sua parte aglutinando forças com os demais governadores da região. Se hoje já enfrentamos dificuldades com a burocracia estatal para resolver os problemas com abastecimento de energia, imaginem a após a transformação das diretorias em gerências. A região, que começa a criar novas matrizes energéticas como o gás de Urucu e vislumbrar o desenvolvimento de projetos grandiosos na área da mineração, será duramente prejudicada”, alertou.
Para o líder do governo, na prática a estatal quer controlar melhor os gastos no Amazonas, considerados excessivos. Uma das primeiras conseqüências com a mudança da diretoria da Manaus Energia para o Rio de Janeiro será a dependência e a perda de autonomia do Estado para decidir investimentos e a expansão e execução de serviços como o programa Luz para Todos. “A troca do equipamento gerador em um município como São Gabriel da Cachoeira, por exemplo, necessário para restabelecer a energia, dependeria do aval da sede da empresa no Rio, o que demandaria tempo”, disse.

Prejudicar
empresas
Sinésio destacou ainda que a cidade tem um Distrito Industrial, altamente dependente de energia e da agilidade da empresa, que não pode depender de burocratas sediados no Rio ou em qualquer outro Estado. “Além disso, é bom lembrar que mesmo atualmente ligada à Eletronorte, sediada no Pará, a Manaus Energia concentra aqui sua diretoria, o que aumenta a confiança de quem, para investir, depende de energia e da segurança de que a empresa estará sempre presente para dirimir dúvidas, assegurar investimentos, resolver impasses e melhorar o atendimento às empresas e ao consumidor. Outra preocupação é que destino será dado aos funcionários caso o fato se concretize”, indagou.
O deputado Chico Preto (PMDB) disse estar decepcionado e que a retirada de poder decisório sobre a política da Manaus Energia significa um retrocesso à época em que o Amazonas era província e dependia das decisões de Belém/PA.

Rotta defende representação

Marcos Rotta (PMDB), por sua vez, diz que é inadmissível que mais uma vez o Estado tenha

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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