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Números de março sinalizam nova alta da Selic

Em março, o volume de vendas do comércio varejista restrito (que não inclui veículos, peças e material de construção) ficou 15,7% acima do observado em igual mês de 2009. Descontados os efeitos sazonais, o indicador apresentou alta de 1,6% ante fevereiro. Os resultados ficaram bastante acima das medianas das estimativas do mercado (+14,95% YoY e +0,95% MoM, segundo a Agência Estado) e das previsões da empresa de consultoria econômica LCA (+14,7% YoY e +0,9% MoM). O indicador havia apresentado altas de 1,8% em fevereiro, e de 3,1% em janeiro.
No primeiro trimestre deste ano, as vendas do varejo acumularam crescimento de 12,8% ante igual período de 2009. Na comparação com o último trimestre do ano passado, a alta foi de 4,9% –bastante acima dos 3,1% verificados na passagem entre o terceiro e quarto trimestres. O resultado reforça a percepção de que a atividade seguiu em ritmo forte no início de 2010, e dá força à parcela do mercado que acredita em uma elevação mais rápida da taxa básica de juros Selic.
O maior destaque coube a equipamentos de escritório, informática e comunicação, com alta de 8,6% na margem (+6,1% em janeiro e +0,4% em fevereiro). Móveis e eletrodomésticos apresentaram recuo de 0,1% ante fevereiro, após forte crescimento em janeiro –6,1%, no último mês de validade da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de linha branca–, e em fevereiro (+1%). Embora tenham desacelerado, as vendas duráveis têm mantido nível elevado, apesar do fim do benefício fiscal. No primeiro trimestre, o segmento apresentou crescimento marginal de 7,8%, ante alta 5,5% no quarto trimestre do ano passado.

Produtos alimentícios

Em contrapartida, as vendas de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo recuaram 0,8% ma margem em março, após terem avançado 3,1% em fevereiro. O setor acumulou crescimento de 3,6% entre o quarto trimestre de 2009 e o primeiro trimestre de 2010 (ante 2,6% no período anterior).
As lojas de tecidos, vestuário e calçados também seguiram em firme expansão: 1,5% em março, após 3,2% em fevereiro e 1% em janeiro. O crescimento marginal do 1º trimestre ficou em 4,1% (ante 3% no quarto trimestre do ano passado).
O indicador do volume de vendas ampliado apresentou alta de 5% na margem, impulsionado pelas vendas de veículos, motos, partes e peças (+10,3%). Março foi o último mês de validade da redução do IPI para venda de automóveis zero.
As vendas de lojas de material de construção também apresentaram crescimento expressivo em março (3%), após terem avançado 2,6% em janeiro e 3,1% em fevereiro. O varejo ampliado encerrou o primeiro trimestre com alta de 5,5% (3% no quarto trimestre de 2009).

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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