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Nova era do produto sob demanda

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A internet trouxe a nova era comercial do produto ‘on demand’, ou na tradução livre para o português: sob demanda, que é basicamente poder obter o serviço que deseja, na hora que quiser. Isso já uma realidade quando se trata de filmes, séries, programas, transmissões, jogos e shows. Tudo é possível graças à tecnologia a cabo e um super servidor local, que faz o streaming (transmite os programas sem precisar baixá-los ou armazená-los) das imagens.

Partindo desse conceito, uma empresa de consultoria empresarial americana, a Mckinsey&Company, realizou um estudo para falar sobre o comportamento de quem consome este tipo de serviço em sua casa, os consumidores OnDemand: a pesquisa resumiu em 4 itens: EU POSSO, que são os protagonistas, sujeitos ativos, nativos digitais com poder sobre suas vidas; PARA MIM, usuários que não se importam em compartilhar seus dados pessoais, desde que eles sejam utilizados para personalizar sua experiência com o produto ou serviço; e SIMPLES, que são consumidores que querem usufruir de uma experiência simples e agradável.

A pesquisa aponta que esses consumidores querem interagir agora, a qualquer momento e em qualquer lugar. Isso porque eles dispõem de dispositivos conectados à internet e capazes de servirem de suporte às suas experiências online.

TVs on Demand | Netflix, Sky, Telecine, Amzon Sat Play
Alguns programas poderão ser assistidos gratuitamente com a TV On Demand. Já os lançamentos, que ainda não estão na programação normal dos canais, como filmes, são cobrados. Normalmente são disponibilizados durante 24 ou 48h, como uma locadora normal, e você pode assisti-los em qualquer horário.

Sites, como o Netflix, já faziam isso nos computadores ou em TVs com acesso à internet, as Smart TVs. Vale lembrar que a tecnologia On Demand não depende de acesso à internet, pois ela é acessada diretamente pelo decodificador da TV por assinatura.

Especialista
Para o professor do curso de Engenharia da Fucapi, Cláudio Henrique Albuquerque Rodrigues, On Demand trata-se de um serviço ou produto ofertado por uma empresa de tecnologia, visando suprir de imediato a demanda do consumidor. “O consumidor pode acessar o conteúdo da mídia que ele desejar no momento que desejar. Como exemplos: filmes, músicas, download de arquivos, etc. Serviços on demand (sob demanda, em português) estão redefinindo planos econômicos e sociais e aos poucos começam a ganhar mais espaço entre os consumidores. Mas nem todo conteúdo por streaming está sendo enviado sob demanda, porque também há os conteúdos ao vivo do live streaming, conteúdos pay-per-view, dentre outros”, explica o professor.

Henrique afirma que nos últimos anos, surgiram algumas confusões no conceito do serviço On Demand, e isso aconteceu por causa das operadoras de televisão por assinatura, que passaram a disponibilizar os conteúdos para que os consumidores assistissem quando quisessem..” e sempre venderam isso apenas como on demand, sem dizer que também se tratava de streaming. Comercialmente, começou a existir uma disputa entre os materiais on demand das operadoras e o streaming – que também é on-demand -da Netflix e similares. Conceitualmente, é tudo a mesma coisa – sendo que há mudanças apenas na tecnologia de transferência dos arquivos ou envio do sinal, de acordo com quem está fornecendo os conteúdos”, diferencia ele. E ao ser questionado sobre a possibilidade de uma migração de telespectadores da TV aberta para a TV fechada, Henrique salienta que a produção do conteúdo não é o que determina a forma que o mesmo será distribuído, pode ajudar, mas não é mandatário, o que está mudando é a forma de acesso. “Na medida que os custos vão caindo e o acesso à internet se tornando cada vez mais fácil e com melhor qualidade, por isso, é natural que esta migração ocorra, principalmente pela facilidade de poder acessar a informação que se deseja no momento que se deseja, sendo que em alguns casos se paga por este acesso imediato (on demand)”, alerta.

Faixa etária
Uma nova edição anual do estudo TV & Media -produzido pelo ConsumerLab, área da Ericsson que estuda comportamento dos usuários – apresentou pontos de vista e hábitos de 680 milhões de consumidores e mostra como os serviços de vídeo sob demanda estão atendendo as necessidades dos espectadores atuais.

Segundo o estudo, o formato de transmissão sob demanda fez com que os consumidores mudassem seus hábitos de consumo de vídeo.

Os usuários agora passam seis horas por semana assistindo à transmissão de TV, séries, programas e filmes on demand (o dobro do registrado em 2011). Com os conteúdos baixados ou gravados sendo adicionados a essa conta, a porcentagem chega a 35% no mundo.
No Brasil, o levantamento apontou que a porcentagem é bem próxima da mundial: os entrevistados brasileiros passam 36% do tempo diário destinado ao consumo de vídeos, assistindo a conteúdos sob demanda.

Outros resultados levantados pelo estudo destacam o crescimento do consumo de vídeo em dispositivos móveis. Hoje, 61% dos entrevistados usam seus smartphones para esse tipo de conteúdo -um aumento de 71% desde 2012.

Os adolescentes, principalmente a conhecida Geração Z, são a faixa etária que mais representa essa tendência: dois terços do tempo que os adolescentes passam assistindo TV e vídeos são gastos em tablets, notebooks e smartphones.

Geração Z, é assim denominada, devido a uma abreviação do termo Geração Zapping, conforme explica Sérgio Luiz Baena de Souza em seu artigo Fatores Que Influenciam os consumidores da “Geração Z” na compra de produtos eletrônicos (2011). O segredo do OnDemand é por ser um sistema gratuito, muitas vezes, ou pelo leque de opções que ele oferece ao cliente? Um pouco de cada, mesmo nos casos em que é um serviço pago, a facilidade de acesso e a quantidade de opções influenciam muito na escolha.

Formação
O professor de engenharia da Fucapi, Cláudio Henrique Albuquerque Rodrigues, é formado em técnico em Eletrônica (ETE-FMC-Santa Rita do Sapucaí, MG), Bacharel em Telecomunicações (Fucapi-Manaus, AM), Especialização em Sistemas de TV Digital e IPTV (INATEL-Santa Rita do Sapucaí, MG), mestre em Automação e Controle (Ufam-Manaus, AM)

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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