Pesquisar
Close this search box.

iFood ou airfood? Nova era das entregas

As entregas com drones estão cada vez mais próximas. O iFood é a primeira empresa das Américas a receber autorização para fazê-las. Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a empresa pode usar os dispositivos para rotas de até 3 km e cargas de até 2,5 kg em todo o país.

Essa autorização é inédita no mercado e no continente. As entregas podem ocorrer inclusive em ambientes urbanos, desde que sejam mantidas as margens de segurança estabelecidas no projeto. “É um marco histórico na aviação e no desenvolvimento da sociedade”, diz Fernando Martins, head de logística e inovação no iFood.

Os drones fazem apenas parte do trajeto: eles levam os pedidos até uma área específica e segura para pousos e decolagens de drones, um droneporto. Lá, o pedido é coletado por um entregador do iFood que o transporta até o cliente. “A mudança deve agilizar as entregas com o uso de modal aéreo em parte das rotas”.

Em teste desde 2020

A opção está em teste no iFood desde 2020: foi a primeira foodtech a fazer entregas com drones. O primeiro Cave (Certificado de Autorização de Voo Experimental) foi obtido ainda em 2020 e incluía voos experimentais no Shopping Iguatemi de Campinas (SP).

Durante o teste, foram realizadas mais de 300 entregas de pedidos enviados a mais de 20 restaurantes parceiros na região. Todas as operações são realizadas pela Speedbird —os profissionais da companhia são habilitados e preparados para a aeronavegabilidade segura de drones.

Chip pode ajudar na correção da cegueira

Chip implantado na retina faz mulher voltar a enxergar

Na última quinta-feira (20), o Moorfields Eye Hospital (Reino Unido) anunciou que um novo chip inserido sob a retina conseguiu fazer uma paciente de 88 anos voltar a enxergar. A idosa apresentava quadro de degeneração macular relacionada à idade (DMRI), doença que causa lesão progressiva da mácula, a área mais vital da retina.

Funciona assim: o paciente usa óculos especiais com câmera, que registram a cena. Em seguida, algoritmos de IA (inteligência artificial) processam essas informações e definem o objeto principal da imagem, então os óculos projetam essa imagem através do olho até o chip, que a converte em um sinal elétrico. O sinal passa pelas células da retina e chega ao cérebro, onde é interpretado como se fosse uma visão natural.

Segundo o instituto, os efeitos surgem aproximadamente seis semanas após a inserção do chip. Os pacientes então passam por um programa de acompanhamento para aprender a lidar com essa nova visão. Na última etapa, os pacientes já são capazes de reconhecer palavras, por exemplo.

A paciente de 88 anos foi a primeira a se beneficiar do implante. “Perder a visão do meu olho esquerdo por causa da DMRI me impediu de fazer coisas que amo, como jardinagem, jogar boliche e pintar. Estou emocionada por ser a primeira a receber este implante, animada com a perspectiva de desfrutar dos meus hobbies novamente e espero que muitos outros se beneficiem disso também”, afirmou, em um comunicado divulgado pelo próprio Moorfields Eye Hospital.

Roedores podem ajudar no transplante de cabelos

Startup cria cabelo humano em roedores para fazer transplante

Você não leu o título errado: cientistas estão criando cabelo humano em roedores para fazer transplante em pessoas com calvície. A ideia vem de uma startup chamada dNovo, que produz os componentes dos folículos capilares “reprogramando” geneticamente células comuns, como sangue ou células de gordura.

Em entrevista ao MIT Technology Review, o fundador Ernesto Lujan declarou que a empresa pode converter qualquer célula diretamente em uma célula-tronco capilar, alterando os padrões dos genes ativos nela.

A ideia da startup, basicamente, é coletar células comuns (como as células da pele de pacientes) e depois convertê-las nas responsáveis por formar cabelo. A dNovo chegou até mesmo a enviar para a equipe do MIT uma imagem de como fica o camundongo depois de submetido ao experimento:

No entanto, a técnica desperta hesitação e ceticismo em parte dos especialistas da área. “Acho que as pessoas vão muito longe para recuperar o cabelo. Mas a princípio, será um processo muito caro”, estima Karl Koehler, professor da Universidade de Harvard.

Em sua opinião, imagens de camundongos com cabelo humano não são inéditas, e costuma haver “um truque e alguma desvantagem em traduzi-lo para humanos”. O laboratório de Koehler produz fios de cabelo de uma maneira totalmente diferente: cultivando organóides, que são pequenas bolhas de células. Sua ideia originalmente era cultivar células semelhantes a pelos do ouvido, com a intenção de tratar a surdez.

Lílian Araújo

É Jornalista, Artista, Gestora de TI, colunista do JC e editora do Jornal do Commercio
Compartilhe:​

Qual sua opinião? Deixe seu comentário

Notícias Recentes

Pesquisar