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Na contramão do país, Norte cresce 4,2%

A economia brasileira está em momento de arrefecimento do ritmo de expansão da demanda por produtos e serviços e moderação no crescimento da produção. A avaliação é do BC (Banco Central), que divulgou ontem o Boletim Regional, publicação trimestral que visa apresentar as condições econômicas brasileiras por região geográfica.
Para o BC, esse freio na economia é resultado, principalmente, do processo de elevação da taxa básica de juros, a Selic, e das medidas macroprudenciais de contenção do crédito, adotadas no final de 2010. Atualmente, a Selic está em 12% ao ano.
O BC avalia, contudo, que a região Norte representa uma exceção a esse desempenho da economia do país. A região apresentou “dinamismo expressivo no primeiro trimestre do ano, ressaltando-se a aceleração, na margem, do ritmo de expansão da indústria, estimulada pela robustez da demanda interna e pelo crescimento das exportações”, frisou o documento da autoridade monetária.
O IBCR-N (Índice de Atividade Econômica Regional – Norte), calculado pelo BC, registrou aumento de 4,2% no trimestre encerrado em fevereiro, em relação ao finalizado em novembro, considerados dados dessazonalizados (ajustados para o período).
O analista econômico da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), Gilmar Freitas, pondera que os resultados do BC devem ser cruzados com os dados de produção industrial do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para uma melhor compreensão do cenário econômico regional.
“Na verdade a avaliação do BC toma por base o trimestre dezembro/2010 a fevereiro/2011 que apresentou de fato crescimento da nossa produção em relação ao trimestre anterior, entretanto se compararmos a produção de fevereiro para março do corrente ano verificamos que a produção declinou 8,9%”, destacou.
O economista salienta que, se tomado como base de avaliação o mês de março de 2011 em relação ao mesmo mês de 2010, houve uma queda na produção da indústria equivalente a 14,6%. Freitas acrescenta que esses são resultados mais desfavoráveis do que o de outros centros brasileiros, o que levaria a crer que a desaceleração da economia já começou a influenciar também a produção do PIM (Polo Industrial de Manaus).

“Remédio desproporcional”

“Esperamos que essa defasagem de avaliação do BC não o leve a receitar um remédio desproporcional para o equilíbrio da economia. Continuamos acreditando que a produção e o faturamento do PIM em 2011 superarão os resultados do ano passado. Por outro lado o faturamento na indústria continua crescendo em razão dos produtos de maior expressividade de preço de mercado apresentarem aumento de produção”, arrematou o analista da Fieam.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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