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Momento ruim para aquisição de imóveis

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Planejamento financeiro e a racionalidade são critérios importantes na decisão

Segundo especialistas, investir em imóveis no atual cenário “não é um bom negócio”, mas ressaltam que, para quem planeja comprar a casa própria ou mudar de moradia, fazer a análise do orçamento e sempre optar pela saúde financeira familiar são fatores determinantes.
De acordo com a pesquisa FipeZap, divulgada em parceria pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e o portal Zap Imóveis, o preço de venda dos imóveis no Brasil caiu 0,1% em agosto: a primeira retração observada na série histórica do indicador.
Já no acumulado do ano, enquanto o índice mostra uma alta de preços de 1,5%, a inflação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) para o mesmo período está acerca de 7%.
Assim, só em 2015 até agora, o preço médio do metro quadrado teve queda real superior a 5%, já descontada a inflação.
Para Daniele Akamine, advogada e sócia da Akamine Negócios Imobiliários, no atual cenário, analisar a situação financeira pessoal e realizar uma pesquisa são atitudes necessárias para a decisão de aquisição de um imóvel.
“Com as taxas muito altas, as pessoas estão evitando comprar uma casa e fazer dívidas de longo prazo. No entanto, as construtoras estão com estoque muito alto e já apresentam casas com preços menores e desconto significativos. É um momento de ver a saúde financeira e fazer um planejamento porque, apesar do mercado oscilar muito, ele não para totalmente”, afirma.
Com a alta de juros para financiamentos imobiliários e o menor volume de crédito para a compra de imóveis, bancos públicos e privados já tem se mostrado mais restritivos na aprovação de suas concessões.
Dados divulgados pela Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) apontam que o volume de empréstimos para aquisição e construção de imóveis somou mais de R$ 5 bilhões em agosto, queda correspondente a 35,9% comparado ao mesmo período de 2014.
Para Marcelo Tapai, advogado especialista em direito imobiliário e presidente da OAB-SP Comitê de Habitação da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil), por causa das perspectivas e incertezas do mercado, na hora de se comprar um imóvel, “é aconselhável que já se tenha parte significativa ou o valor quase total do imóvel pretendido”. Ele ainda ressalta que, no momento econômico em que o país se encontra, “financiar não é uma boa saída”.
“Hoje nós temos menos dinheiro no mercado, bancos oferecendo percentual de financiamento menor e tendo uma exigência maior para critério de aprovação, além de juros bem maiores. Isso paralisa o mercado e é um fenômeno que, inclusive, pega de calça curta quem comprou imóveis na planta há alguns anos atrás. Era uma perspectiva de financiamento bem diferente da que a gente vê hoje”, avalia.
Já Katia Millan, advogada especializada em direito imobiliário da Moreau Advogados, afirma que o preço dos imóveis “caminha” com as mudanças de crédito e estima que, mesmo com as atuais restrições dos bancos, “o mercado buscará outras formas”.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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