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Maioria dos consumidores faz compra ‘no dinheiro’

Relatório do IFpeam (Instituto Fecomércio de Pesquisas Empresarias do Amazonas) divulgado ontem, pela Fecomércio/AM (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Amazonas) mostra que 55,7% dos consumidores realizam pagamentos à vista, na modalidade dinheiro e cartão de débito, no comércio varejista em geral. Os segmentos de bens não-duráveis e supermercados alavancaram os índices, seguidos pelas farmácias, drogarias e perfumarias.
Intitulado “Pesquisa Conjuntural de Desempenho do Comércio Varejista da cidade de Manaus”, o relatório é referente ao mês de agosto, com aplicação em agosto. A pesquisa foi baseada na coleta de dados com tratamento estatístico das informações obtidas junto às empresas do comércio varejista da capital amazonense.
De acordo com a assessoria de comunicação da Fecomércio/AM, o objetivo do levantamento é atender os empresários do setor com uma pesquisa sistemática e periódica sobre o comércio local, que abranja todos os itens pedidos pelos comerciantes, como expectativa de venda e empregabilidade.
Os empreendimentos comerciais que dispõem de bens não-duráveis apresentaram percentual considerável de compras realizadas com pagamentos em espécie, chegando a 72,2 pontos, enquanto a utilização de cartões de crédito foi de 26,6%. Os supermercados estão na segunda posição do ranking de pagamentos à vista, com 63,7%, ladeados com as drogarias e similares que tiveram 63,5% das compras executadas com pagamentos de uma única vez, contra 30,7% de usabilidade de cartões de crédito.
O presidente da Fecomércio/AM, Roberto Tadros, disse acreditar que o consumidor está mais consciente quanto a escolha na forma de pagamento. “Vejo que, nessa época de crise financeira, as pessoas estão preocupadas em como irão honrar as dívidas se perderem o emprego”.

Crescer mais 8%

O representante do setor afirmou que o comércio varejistas de Manaus estará recuperado da crise até o início das compras de fim de ano, período mais lucrativo paras as empresas da área. “A Fecomércio espera um crescimento de, no mínimo, 8% sobre as vendas do ano passado, quando estávamos em um dos períodos mais críticos da atual crise”, considerou.
Na opinião do economista responsável pela pesquisa, José Fernando Silva, o elevado percentual de compras à vista mostra que os consumidores de Manaus estão com alto índice de liquidez. “O consumidor está mais preocupado com a diferença entre os pagamentos à vista e parcelado e acaba preferindo esperar um pouco mais e conseguir o seu bem com um preço mais acessível”, declarou Silva, que disse ainda que isso refletirá, nós próximos meses, em um aquecimento no comércio varejista local.
“Estou reformando minha casa e cheguei a comparar sacos de cimento de R$ 21,50 à vista e R$ 25 com parcelamento. Sempre que posso, pago os materiais no ato para barganhar um desconto”, disse a dona-de-casa Ana Perreira da Silva, 38, sobre a variação de preços encontrada nos produtos que compõem os materiais de construção.
As empresas comercializadoras de produtos para construção civil conseguiram finalizar 52,8% de suas compras na modalidade “à vista no dinheiro”, expressão utilizada pelos vendedores. Aproximadamente quatro em cada dez compras (39,2%) foi com o uso do cartão de crédito e, consequentemente, parcelas.

Nas autopeças pagamento em espécie é de 62%

Com 62,1% das vendas concluídas com pagamentos integrais, as lojas de autopeças e acessórios automotivos tiveram apenas 35,9% das vendas de agosto realizadas com parcelamento da conta. Paradoxalmente as concessionárias de veículos apontaram apenas 27% da quantidade de vendas finalizadas à vista, além de 73% de compras parceladas.
“Com os últimos números do comércio podemos até dizer que pelo menos o comércio está saindo da crise e os empresários do setor estão se preparando antecipadamente para as vendas do Dia das Crianças e Natal”, avaliou José Fernando Silva. O nível de estoque dos produtos no comércio varejistas aumentou 8,28% em agosto, sobre o mês anterior, com destaque para os bens semiduráveis, que variaram 13,73%.

Lojas de departamento

As lojas de departamentos e calçados ficaram com os últimos lugares na lista de segmentos do comércio varejista com maior incidência de compras à vista, perdendo apenas para as concessionárias de automóveis. Enquanto este teve apenas 49,4% das vendas realizadas com pagamentos únicos, as lojas de departamento pontuaram menos ainda, apenas 36,4%. A quitação da compra através de parcelamentos foi de 63,6% para as lojas de departamentos e 50,6% paras o comércio de calçados.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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