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Investimentos em novos projetos caem 81%

A despeito da queda de 81,27% no volume dos investimentos previstos na indústria e na baixa expressividade com relação à geração de empregos nos próximos três anos (556 novas frentes de trabalho), o discurso mais proferido durante a 240ª reunião do CAS (Conselho de Administração da Suframa) foi o da recuperação industrial durante o último quadrimestre, após a instabilidade econômica mundial.
Os 31 projetos analisados pelos conselheiros, mostra que os investidores internacionais continuam apostando no PIM (Polo Industrial de Manaus), na política do governo federal na região, e que se completa com os incentivos fiscais estaduais, conforme destacou a titular da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), Flávia Grosso. A executiva frisou que a queda de 24,4% no número de projetos apresentados em relação à última reunião ocorrida em julho se deveu, entre outros fatores ao curto espaço de tempo entre as duas reuniões e os problemas causados pela falta de energia e internet que interferiram na obtenção dos projetos. “Entrou em vigor a Lei de Murphy, dando tudo errado numa hora em que não podia acontecer. A maioria dos projetos é recebida e analisada pela internet, tudo de modo virtual. Como se não bastasse os problemas causados pela falta de energia elétrica, perdemos nosso gerador próprio”, lamentou.
A pergunta mais insistente entre os jornalistas presentes era se a falta de energia e internet estariam ligadas ao contingenciamento de recursos. Flávia Grosso, entretanto, insistiu que a queda no nível de projetos, que geralmente era de 50 por reunião, aconteceu por conta de uma série de contratempos. “Insisto em dizer que a crise não voltou. Na verdade não houve queda no número de demanda de projetos por investimentos, apenas uma série de contratempos, como a falta de energia, que impediu o recebimento e a análise de pedidos”, asseverou.
A reunião, presidida pelo secretário executivo do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Ivan Ramalho, aprovou 31 projetos industriais e de serviços que somaram US$ 98.2 milhões em investimentos globais e US$ 24.4 milhões em investimentos fixos. Em julho, na reunião anterior, a Suframa havia aprovado 41 projetos, com montante de investimento de US$ 524.1 milhões.
Ramalho afirmou que o valor do PIM pode ser medido pelos sucessivos recordes de crescimento registrados nos últimos anos e pelos investimentos que proporcionou a Suframa realizar na região, inclusive em formação de capital intelectual humano. “É por tudo isso que o polo é importante não apenas para a região, mas para o país. Passamos por uma crise, que mostrou que o país está fortalecido na conjuntura macroeconômica e agora vamos retomar o ritmo do crescimento interno”, finalizou.

Manaus e Belém disputam gerências regionais do BNDES

A implantação de duas gerências do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) na Amazônia foi tema de destaque durante as discussões dos conselheiros. Ao fato divulgado pelo titular da Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia), Djalma Melo, algumas horas antes, somou-se a informação de que a diretoria colegiada da Sudam aprovou 17 novos projetos industriais para o PIM. A aprovação, segundo o superintendente, vai beneficiar 19 empresas com abatimento de 75% do imposto de renda, além de gerar 2.188 empregos diretos em Manaus.
Djalma Melo falou que a chegada do BNDES à região será importante para ampliar a participação dos Estados no Fundo Amazônia, recém criado pelo governo federal com o objetivo central de promover projetos para a prevenção e o combate ao desmatamento e também para a conservação e o uso sustentável das florestas no bioma amazônico. Segundo Mello, o BNDES manifestou interesse em operar parte dos recursos do FDA (Fundo de Desenvolvimento da Amazônia), gerido pela Sudam, que é voltado para o financiamento de grandes projetos privados de infraestrutura na região amazônica, mas os recursos, cerca de R$ 800 milhões por ano, não são suficientes diante da grande demanda de projetos. “A instalação na Amazônia de um escritório de representação do Banco facilitará a interlocução entre as duas instituições e a participação de projetos industriais da iniciativa privada”, declarou.
Apesar de ter evitado comentar o assunto, Melo deixou entender que Manaus e Belém estão na disputa para sediar os escritórios.
Positivo Informática -que pretende montar notebooks-, Pace Brasil -que vai produzir receptores de sinal digital- e Pepsi-Cola Industrial estão entre os projetos mais relevantes pelo volume de benefícios que trarão para a cidade.
O titular da Sefaz (Secreteria de Estado da Fazenda), Isper Abrahim, disse em seu discurso que a aprovação dos projetos industriais hoje é algo muito alvissareiro porque demonstra a confiança que o empresário tem em relação a ZFM (Zona Franca de Manaus). “Com relação à crise, já estamos trabalhando com números extremamente otimistas, em que se espera uma eventual superação de metas já a partir deste mês. Portanto, acreditamos que a crise está sendo contida de uma maneira bastante equilibrada”, concluiu.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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