Pesquisar
Close this search box.

Indústria de bicicletas no PIM tem melhor julho desde 2013

https://www.jcam.com.br/Upload/images/Noticias/2019/2Sem/08Ago/09/1408_CAPA%20A.jpg

As fabricantes de bicicletas instaladas no PIM (Polo Industrial de Manaus) registraram seu melhor para o mês de julho, desde 2013. A produção totalizou 85.131 unidades no mês passado, alta de 26,9% sobre julho de 2018 (67.068) e de 45,6% na comparação com junho de 2019 (58.467). 

Em sete meses, foram fabricadas 476.319 bicicletas, 19,4% a mais do que o registrado no mesmo período do ano passado (399.086). Os dados foram divulgados nesta terça (13), pela Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares).

O desempenho foi suficiente para manter a projeção da entidade para 2019, que é totalizar 857 mil bicicletas produzidas na indústria da ZFM (Zona Franca de Manaus) até dezembro, montante que corresponde a um incremento de 10,8% na comparação com os números de 2018 (773.641 bicicletas).

No texto divulgado pela entidade, o vice-presidente do Segmento de Bicicletas da Abraciclo, Cyro Gazola, atribui o aumento da produção de bicicletas principalmente a dois fatores: “preparação das fábricas para datas sazonais, como o Dia das Crianças, e os lançamentos previstos para o segundo semestre, que vão manter o setor aquecido nos próximos meses”.

Os volumes de bicicletas produzidas pela indústria incentivada da capital amazonense no período foram distribuídos para comercialização na seguinte proporção entre as cinco regiões do país: Sudeste (57,7% do total), Sul (15,2%), Nordeste (11,1%), Norte (10,1%) e Centro-Oeste (5,9%).

A categoria mais produzida em julho foi a urbana (35.038 unidades), seguida por mountain bike (32.629), infanto-juvenil (16.168), estrada (793) e elétrica (503). A Abraciclo destaca que a produção da categoria mountain bike vem crescendo principalmente porque envolve um tipo de bicicleta que passou a ser utilizado também nas cidades, apesar de sua aplicação clássica como veículo off-road.

O vice-presidente da Fieam, Nelson Azevedo, o setor vem tendo desempenho positivo em virtude da maior facilidade de acesso ao crédito e da maior necessidade de mobilidade nos centros urbanos brasileiros, mas ainda há muito espaço para as montadoras crescerem até recuperar o patamar de produção e vendas do período pré-crise. 

“O uso da capacidade instalada das fabricas ainda está baixo e dificulta a reposição e crescimento dos empregos. Devemos ter um resultado muito melhor do que em 2018. Vamos torcer para que os problemas políticos não prejudiquem o andamento da economia”, ressaltou Azevedo, que também preside o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Manaus, entidade patronal que conta com fabricantes de bens intermediários e finais do polo de duas rodas entre seus associados.

Comércio exterior

Dados do portal de estatísticas de comércio exterior Comex Stat analisados pela Abraciclo apontam que as exportações de bicicletas ‘made in ZFM’ aumentaram, enquanto a importação de similares para abastecer o mercado domestico diminuíram.

Foram exportadas 1.291 bicicletas em julho, em especial para o Paraguai (1.090 unidades e 84,4% de participação), Argentina (128 ou 9,9%) e Chile (64, ou 5%). No mesmo mês, foram importadas 6.472 unidades, vindas principalmente da China (5.161 ou 79,7% do total), Taiwan (717 ou 11,1%) e França (173 ou 2,7%).

No acumulado dos sete primeiros meses, as exportações somaram 10.083 unidades, alta de 71,8% ante o mesmo período de 2018 (5.869). A Argentina foi o principal destino (3.778 unidades e participação de 37,5%), seguida pelo Chile (2.679 ou 26,6%) e Paraguai (1.877 ou 18,6%).

No mesmo acumulado, o Brasil importou 30.904 bicicletas, queda de 48,2% ante o mesmo período do ano passado (59.650). A China foi responsável pelo maior volume, com 23.215 unidades e 75,1% de participação, seguida de Taiwan (4.336 unidades ou 14%) e Portugal (1.886 ou 6,1%).

Para o gerente executivo do CIN (Centro Internacional de Negócios) da Fieam, Marcelo Lima, os números apontam para uma crescente aceitação do produto nacional no exterior, ao mesmo tempo em que confirmam a imagem de qualidade em relação ao consumidor brasileiro, já que a maior parte dos importados da China é de bicicletas “mais genéricas”.

“Já era esperado um aumento no segundo semestre, que deve se manter. Outros países, como Peru e Bolívia também vem se destacando em suas compras de produtos de duas rodas do PIM. Ainda há preocupações em relação à situação política na Argentina. Já o Paraguai está com uma série de incentivos e um comércio bem pujante, embora ainda importe muito da China”, arrematou.

 

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
Compartilhe:​

Qual sua opinião? Deixe seu comentário

Notícias Recentes

Pesquisar