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Greve dos trabalhadores da construção civil chega ao fim

A greve dos trabalhadores da construção civil do Amazonas terminou ontem. Um acordo entre o Sintracomec/AM (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil do Amazonas) e o Sinduscon/AM (Sindicato da Indústria da Contrução Civil) pôs fim a 20 dias de paralisação e ‘operação tartaruga’ nos principais canteiros de obras de Manaus.
No papel, ficou combinado um reajuste de 7% para a categoria, escalonado em duas vezes: 6% em 1º de julho e mais 1% em 1º janeiro de 2011, corrigindo os pisos salariais na convenção coletiva a ser firmada. A reunião aconteceu na sede da SRTE/AM (Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Amazonas), ontem as 15h.
As construtoras assumiram também o compromisso de não demitir ninguém. Do lado dos trabalhadores, ficou a obrigação de repor os dias parados na integra.

Curto prazo

O presidente do Sintracomec/AM, Roberto Bernardes, falou que esperava uma proposta mais vantajosa dos empresários, mas avaliou que, para o momento, houve um grande avanço, já que algumas reivindicações foram aceitas e outras devem ser discutidas a curto prazo.
Quanto cesta básica, o sindicalista disse que haverá a formação de um grupo de trabalho paritário, a partir de janeiro de 2011, para estudo de valor e critérios a ser implantados na cesta, que será discutida na próxima convenção coletiva. Ficou acertado também que o adiantamento salarial será pago até o 20º dia deste mês. Já a alimentação, principalmente o café da manhã, ganhará reforço, com complemento e ingredientes que totalizem 400 calorias. O almoço em obras com mais de 50 funcionários será servido em self service e o fornecimento de água será potável e gelada em todos os canteiros de obras.
Haverá ainda uma ajuda humanitária para os trabalhadores. O trabalhador terá 30 dias de salários que vão ser encaminhados à Previdência Social por acidente de trabalho. Outro avanço nas negociações, segundo o presidente, é a formação de um grupo de trabalho que a partir de janeiro de 2011 fará um estudo de critérios para a implantação de cursos para a formação profissional do trabalhador, a ser implantada também na convenção coletiva de 2011/2012.
O presidente do Sinduscon/AM, Eduardo Lopes, avaliou que todos saíram ganhando com o acordo e salientou que o trabalhador saiu fortalecido de seus direitos trabalhistas. “O impasse não poderia continuar. A greve não é boa para ninguém, pois perde tanto o trabalhador, quanto os empresários. Firmado o acordo, agora é voltar ao trabalho”, declarou.
Lopes salientou que não haverá demissões e que os dias faltosos serão descontados com horas trabalhadas a mais, com critérios definidos racionalmente pelas empresas afetadas, conforme as necessidades de cada uma.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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