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Genuíno chocolate amazonense

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Livre de glúten, lactose, gordura trans ou aromatizantes, o Amazonas possui a primeira e genuína fábrica de chocolate de sua região, o Chocolate Na’kau.

Além do conceito sustentável e saudável, a marca da empresa oferece aos amantes do doce o mais puro chocolate orgânico do mundo.

De acordo com o seu idealizador e produtor, o biólogo Artur Coimbra, o cacau orgânico – que não contém agrotóxico em seu adubo -é plantado, colhido e fermentado nos municípios do Amazonas de Uricurituba, Nova Olinda, Borba e Novo Aripuanã. “Quando o cacau chega até a nossa empresa, produzimos cerca de 200 quilos de chocolate com 150 quilos da fruta já fermentado. E isso nos gera cerca de 3 mil barrinhas de 40 gramas para revenda ao consumidor final/, que pagará de R$ 12 a R$ 15 reais a unidade”.

O empresário explica ainda que o Chocolate Na’kau ainda não é fabricado em sabores. “Porém adicionamos, a gosto do cliente, a concentração de cacau no chocolate. Temos de 54% até 81% do cacau concentrado em nossos produtos. E, atualmente, estamos realizando pesquisas para a concentração de 90% a 100%. Mais ainda está em processo de estudo”, diz ele.

O biólogo revela que, mesmo com poucos meses de fabricação, o Chocolate Na’kau já está sendo comercializado para lojas de produtos naturais e restaurantes. “E, além do Amazonas, os nossos produtos já chegaram em Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Isso já é gratificante e uma vitória por conta do longo tempo de estudos que eu e minha equipe iniciamos há pouco tempo”, lembra ele.

A empresa Na’kau está incubada há dois anos no Ifam (Instituto Federal do Amazonas), na zona Leste de Manaus. E, segundo Coimbra, o nome é uma união da primeira sílaba do nome da empresa “Na Floresta Alimentos Amazônicos” e da última sílaba da matéria-prima do chocolate, cacau, que em Tupi Guarani é Kakau.

Como surgiu a Ideia
Toda a história começou em 2012, quando Coimbra foi para o tradicional festejo do cacau, no município de Urucurituba, distante 100 km de Manaus.

A partir de então, observando as necessidades dos produtores de cacau daquele município, notou que todo o cacau produzido no Estado era vendido à preços muito abaixo do mercado nacional, e ali mesmo constatou que o Amazonas não possuía nenhuma fábrica de chocolates.

Foi então que, com o intuito de valorizar os produtos e produtores locais, começou a estudar sobre a cadeia produtiva daquele fruto e decidiu investir na área.

Quem é o Biólogo
Como biólogo e com experiência de 10 anos em pesquisa e extensão rural na Amazônia e África, Coimbra pesquisou, fez cursos em São Paulo, Bahia e na Venezuela.

Coimbra acompanha de perto todo o processo da colheita da safra, pede para fazer prova nas amêndoas, e quando não pode ir pessoalmente faz o controle por telefone. “Formulado o conceito do projeto, precisávamos entrar no mercado, ser competitivos e sobreviver no mundo dos negócios. Para isso, encontramos pessoas e instituições que se dispuseram a ajudar nos abrindo portas. Contamos ainda com os melhores serviços que poderíamos receber da Filigane Consultoria Estratégica e da família Trocados, e de quebra fizemos amigos para toda vida”, finaliza o biólogo.

Nos municípios de colheita e fermentação do Cacau, a parceria foi fechada com três donos de cacoal da região, dona Dinorath Figueiredo, seu Alexandre Pacoal e Arilson Grana. Nesses lugares, Coimbra ensinou aos cacaueiros as técnicas de fermentação e secagem das sementes de amêndoas.

O Cacaueiro
Quem explica como se dá todo o processo de plantação, colheita e fermentação do Cacau antes da produção do chocolate Na’kau, é o cacaueiro Arilson Grana, mas conhecido como “Doca”.
Segundo Doca, o processo de colheita do Cacau é realizada três vezes ao ano. “E cada colheira conseguimos 52 quilos da fruta.

E a partir dai começamos a fermentação das amêndoas antes de se transformarem em chocolate. Vale ressalta, que o nosso chocolate é totalmente orgânico, pois não utilizamos produtos químicos em sua adubação”.

Doca explica que, assim que ele colhe o Cacau, a fruta passa por uma fermentação que leva alguns dias. “Colocamos amêndoas do Cacau amontoadas de baixo do Caioezeiro. Após isso, retiramos as amêndoas graúdas e colocamos no Coxe -uma espécie de caixa, por sete dias, e a cada 42 horas, mexemos os coroços em uma temperatura que não pode passar de 50 graus.

E após esses sete dias, colocamos os caroços espalhados no Pendal -uma espé cie de assoalho -onde os mexemos expostos ao sol. Só depois dessas etapas o Cacuu ficará pronto para se transformar em chocolate”.

Doca trabalha há anos na plantação e no cultivo do Cacau na comunidade Terra Preta do Limão localizada no município de Uricurituba.

VOCÊ SABIA QUE O CACAU.
É um dos maiores viajantes do mundo? Saiu da floresta Amazônica e conquistou o mundo, e nisso percorreu um longo caminho. É cercada de lendas, e há episódios curiosos em sua história que já foi usado como moeda, provocou discussão entre os religiosos sobre o seu uso nos conventos devido às suas supostas propriedades afrodisíacas e, por muito tempo, foi uma bebida exclusiva da corte europeia. Suas sementes, levadas para outras regiões e continentes, formaram grandes plantações que, hoje, representam importante fonte de trabalho e renda para milhões de pessoas. E aí? Já bebeu seu achocolatado como um nobre? Experimenta o Chocolate Na’kau, também.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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