Mesmo sendo o Amazonas o segundo estado brasileiro em produção de gás natural do país, com uma produção média de 13.441 milhões de m³/dia, motoristas da capital ainda reclamam da fraca distribuição do GNV (Gás Natural Veicular) nos postos da cidade. Quem faz o alerta é Luiz Augusto Lins, presidente do Sintax (Sindicato dos Condutores Autônomos e Taxistas de Manaus).
Segundo ele, enquanto nos outros estados há uma ampla oferta do combustível, em Manaus os quase dois mil motoristas que utilizam o gás natural em seus veículos têm que se dividir entre seis postos de gás espalhados pela cidade.
“Só temos seis postos que oferecem o gás natural veicular e o sindicato não concorda com esta situação. Nos outros estados a utilização do gás é maior porque há postos por todos os bairros. A posição do sindicato é que é necessário ter postos de GNV em todas as zonas da cidade”, reclamou Lins.
Em resposta, a Cigás (Companhia de Gás do Amazonas) esclarece que o número de postos disponíveis em Manaus é suficiente para o atendimento da atual demanda e o surgimento de novos postos tem relação direta com quantidade comercializada do combustível. Segundo a empresa, para que a opção do GNV seja interessante a novos postos, o volume médio comercializado por posto deve ser superior a 3.000 m³.
Atualmente, o volume médio consumido por posto em Manaus é de 2.303 m³, o que torna desfavorável, ainda, o início da distribuição em novos locais. Por isso, a Cigás entende que o momento é de incentivo aos motoristas para aderirem ao gás e, portanto, aumentar a demanda pelo combustível.
Atualmente, seis postos oferecem o GNV em Manaus, sendo que o Posto San Remo, na Bola da Suframa, ainda não finalizou os ajustes necessários para conexão com a rede de distribuição de gás natural, já pronta para fornecer o combustível no local.
Além disso, outra reclamação do presidente do Sintax é com relação ao preço do combustível, que estaria hoje praticamente igual ao preço da gasolina. Ainda segundo a assessoria da Cigás, a informação não procede. De acordo com a Companhia, a gasolina custa, em média, R$ 3,89 na região, enquanto o GNV custa R$ 2,85 nos seis postos em que é disponibilizado. A diferença é superior a R$ 1, sem contar o maior rendimento do gás natural.
GNV, Fazendo Mais por Você
Com o intuito de incentivar motoristas de carros comerciais e particulares de Manaus ao uso do Gás Natural Veicular, em outubro de 2015 a Cigás ampliou para mais seis meses a campanha “GNV, Fazendo Mais por Você”. A ação disponibiliza um bônus de R$ 1 mil para cada proprietário que adaptar o veículo para abastecer com gás natural.
Na avaliação da Cigás, o resultado da Campanha ‘GNV, Fazendo Mais por Você’ é positivo e tem impacto direto no aumento do mercado na região. Desde o início da Campanha (6 de abril de 2015), mais de 440 motoristas converteram seus veículos, sendo que mais de 300 regularizaram as documentações e retiraram o bônus de R$ 1 mil na Cigás. A Campanha vai até o dia 6 de abril deste ano.
A Cigás entende que o momento é de incentivo aos motoristas para impulsionar o mercado do gás natural veicular. Quanto mais veículos convertidos, maior a demanda por GNV, o que naturalmente ocasionará novos negócios para o segmento, com a opção do gás em novos postos.
VANTAGENS DO GNV
Entre as vantagens do GNV, destaca-se a economia, atualmente de 27% em relação à gasolina. Isso sem contar o rendimento do combustível: com um m³, é possível percorrer por 12 quilômetros, enquanto a gasolina faz o veículo trafegar por 10 quilômetros por litro.
O GNV também é a opção mais segura, pois o gás natural é inserido em cilindros inspecionados e aprovados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). O gás natural não é tóxico e em caso de vazamento ele sobe para as camadas mais altas da atmosfera, portanto, não acumula no ambiente.
E o GNV também é o mais indicado quando o assunto é meio ambiente. Isso porque a queima limpa do gás natural emite quantidade mínima de poluentes, processo que ainda colabora com a vida útil do motor do carro. Isso porque o combustível não produz depósitos de carbono em sua combustão, além de eliminar as possibilidades de contaminação ou adulteração do veículo.
Em Manaus, os postos disponíveis para abastecimento do GNV estão localizados nos endereços:
Av. Constantino Nery, 2.854, Chapada;
Av. Rodrigo Otávio (Bola da Suframa), s/n, Distrito Industrial;
Av. Torquato Tapajós, 7070, Km 11,5, Colônia Terra Nova;
Av. Constantino Nery, 1016, São Geraldo;
Av. Coronel Teixeira, 3701, Ponta Negra;
Av. Torquato Tapajós, s/n, Tarumã.
Passo a passo
Nas cinco oficinas credenciadas pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) da capital amazonense, a conversão custa, em média, R$ 5 mil.
Após converter o veículo ou comprá-lo com o kit adaptado, o motorista deve se dirigir ao Departamento Estadual de Trânsito do Estado (Detran-AM), onde solicitará uma autorização para inspeção veicular. Este procedimento é realizado nos organismos Inspenorte e Visnorte, de segunda a sexta, em horário comercial e atendimento por ordem de chegada.
Realizadas as inspeções, o condutor deve retornar ao Detran para atualização do documento, a fim de obter as alterações no laudo de inspeção veicular do automóvel adaptado e o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV).
