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Fim dos jogos desaquece setor

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Os cinco primeiros meses do ano não foram positivos para quem procurou emprego no Amazonas. Quem esperava que a chegada da Copa do Mundo à cidade representasse a abertura de novos postos de trabalho e contratações efetivadas, apenas observou de longe a tímida comemoração de alguns setores, como o de serviços e comércio. E a partida dos turistas, com o fim dos jogos na capital, passa a preocupar empresários que temem uma queda no faturamento pós-Copa, o que pode gerar demissões.
Em ‘alta’ nos indicadores do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) os setores de serviços e comércio abriram vagas respectivamente e a Copa do Mundo com a grande chegada de turistas a Manaus pode receber alguns créditos pelo saldo. O imediatismo causado pelo campeonato e o ‘encantamento’ inesperado dos visitantes pela cidade, que gerou um movimento forte no comércio, também foi responsável por contratações, mas na maioria das vezes, apenas temporárias.
As contratações para o segmento de bares e restaurantes não foram muito aquecidas com a Copa. O setor investiu muito na qualificação dos colaboradores para só então contratar mais; porém, segundo a presidente da Abrasel-Am (Associação Brasileira de Bares e Retaurantes – seccional Amazonas) Janete Fernandes, visando suprir um deficit detectado no setor. “As qualificações iniciaram há três anos e os contratados são fixos. Como contratamos apenas o suficiente, provavelmente não demitiremos, mas alguns restaurantes sofreram com o baixo movimento do mês de junho e causam preocupação”, ressalta Janete.

Incerteza pós-Copa
Mesmo com os setores de serviço e comércio ‘em alta’, não há muito o que comemorar, já que as contratações foram mais focadas nos temporários, pelo imediatismo que a Copa pedia, conta o empresário e proprietário do Tambaqui de Banda, Mário Valle. “Houve preparo e treinamento visando um funcionário mais preparado, mas creio que só os estabelecimentos próximos aos pontos de maior concentração de turistas e visitantes efetivem os contratos, e ainda assim, se o movimento for mantido. Não sabemos como vai ser depois do último jogo em Manaus”, conta Valle.
O baixo número oficial de contratados contrasta com o contingente de pessoas trabalhando no atendimento ao turista, facilmente percebido em alguns pontos de Manaus. Bares e pequenos estabelecimentos ainda preferem recorrer aos informais para suprir a demanda que veio com o campeonato. “Não há como mensurar o número de informais que aparecem para dar uma força no atendimento, por isso, continuo acreditando em poucas efetivações de vagas de trabalho,” disse Valle.

Hotéis
O setor hoteleiro, grande prestador de serviços, também segue os rumos tomados pelos bares e restaurantes. Não houve contratações massivas e o fim da Copa em Manaus causa preocupação. O setor já apresentava na última quarta-feira (25) queda na ocupação o que pode ser refletido em demissões, explica o presidente da Abih-Am (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Amazonas), Roberto Bulbol. “Os números de contratações são estáveis, não contratamos muito e pelo formato do negócio, não precisamos de temporários. Nossa preocupação é em manter o número de hóspedes no pós-Copa para evitar demissões”, resume Bulbol.

Números do Caged
De acordo com dados do Caged divulgados na última terça (24) pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) referentes ao período de janeiro a maio de 2014, o número de demitidos foi superior ao de novos contratados. O saldo negativo para o Amazonas foi de 2.064 vagas, que representam a quantidade de vagas abertas menos o número de demissões.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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