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Faturamento do polo têxtil sofre recuo de 23,15% no 1º semestre

Os números mais recentes dos Indicadores de Desempenho do Polo Industrial de Manaus apontaram para uma retração de 23,15% no faturamento das empresas que compõem a indústria têxtil e calçados do PIM (Polo Industrial de Manaus) nos primeiros seis meses do ano. O cálculo é da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus) e apresenta também redução do ganho salarial de 6,87%.
Na comparação mensal deste ano, o faturamento das empresas registrou crescimento em quatro dos seis meses tabulados, totalizando US$ 8.13 milhões. O ano de 2008, por outro lado, teve índices de crescimento e declínio alternados, fechando o primeiro semestre com US$ 10.58 milhões, sendo 41,68% superior ao do ano anterior.
“O recuo de pouco mais de 23% do faturamento é mais um reflexo da crise financeira internacional e está dentro dos níveis da maioria dos segmentos. Isso não deve preocupar muito as fábricas do setor, considerando que praticamente todo o PIM está amargando reduções”, avaliou o vice-presidente do Cieam (Centro das Indústrias do Estado do Amazonas), Ronaldo Motta.
O presidente do Sindicato das Indústrias de Confecções do Amazonas, Engels Medeiros, destacou que a queda no faturamento é maior para as empresas especializadas em roupas profissionais. “Os empreendimentos que trabalham exclusivamente para atender o fardamento de fábricas localizadas no PIM estão abatidos e não há previsão para recuperação ainda este ano”, lamentou Medeiros.
O dirigente declarou que algumas empresas informaram à entidade que perderam até 40% da quantidade de vendas. “Apesar das baixas, cerca de 50% das fábricas que produzem para diversos segmentos -não somente o industrial- estão crescendo timidamente”, ponderou. Ele não soube precisar o percentual de crescimento, mas informou que os fornecedores de uniformes para a construção civil estão liderando a retomada das vendas para o setor.

Média salarial

A média salarial dos trabalhadores no ano passado era de R$ 619,60, considerando a inclusão de encargos e benefícios. Este ano, o valor ficou em R$ 597,8. A relação entre a média salarial mensal e a mão-de-obra ocupada (546 trabalhadores) de janeiro a junho de 2008 foi de R$ 1.134,80. Em relação ao primeiro semestre deste ano, a relação citada variou 6,26%, ficando em R$ 1.063,70, contabilizando 562 profissionais.

Perda salarial estaria “dentro da margem”

Na avaliação do titular da SRTE/AM (Superintendência Regional do Trabalho do Amazonas), Dermilson Chagas, a perda salarial pode ser considerada aceitável para o quadro econômico atual. “O primeiro semestre do ano passado apresentou um crescimento muito significativo e ter uma perda de quase 7% ainda é considerado dentro da margem para uma época de crise financeira internacional”, amenizou.
O superintendente disse também que qualquer perda salarial deve ser bem analisada antes de imposta à massa operária do polo industrial. “Mesmo quando há redução pequena, dependendo do setor poderemos sentir impactos negativos nas diferentes esferas da cadeia produtiva, porque isso gera perda do poder de compra e consequentemente diminuição da manufatura dos produtos que não são comercializados”, explicou.
Sobre a expectativa de vendas para o período natalino, Engels Medeiros garantiu que esta é apenas mais uma data, sem apresentar crescimento no índice de vendas para as empresas.
Medeiros explicou que isso ocorre porque o Estado do Amazonas não é um produtor significativo de roupas não-profissionais, ou seja, aquelas utilizadas fora do ambiente de trabalho e comercializadas em grande escala no último mês do ano.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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