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Fabricantes de máquinas e equipamentos alertam para risco de desindustrialização

A indústria brasileira de máquinas e equipamentos faturou R$ 59,3 bilhões até outubro. O resultado representa 10,8% a mais que o acumulado no mesmo período de 2009 (R$ 53,5 bilhões). Os números são da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos).
Mas, se o faturamento dos dez primeiros meses deste ano for comparado ao mesmo período de 2008, quando os efeitos da crise econômica mundial ainda não eram sentidos no Brasil, o resultado apresenta retração de 14,6%.
O presidente da Abimaq, Luiz Aubert Neto, considera que o Brasil está “em um claro processo de desindustrialização”. Em entrevista coletiva sobre os indicadores do setor referentes a outubro, Aubert confirmou que o faturamento das indústrias de bens de capital aumentou 11% no período de janeiro a outubro deste ano em relação ao mesmo período de 2009, mas permanece 15% inferior ao verificado no mesmo período de 2008. De acordo com Aubert, alguns dos segmentos mais tradicionais do setor, como o de bens sob encomenda e máquinas-ferramenta, registram faturamento respectivamente menores em 13% e 43,5% em relação ao registrado em 2008.
Esses segmentos, segundo ele, são responsáveis pela produção de máquinas para investimentos de grandes empresas de petróleo, papel e celulose. “Os setores que estão bem são os que produzem máquinas para as indústrias de alimentos, bebidas, cimento e mineração.Isso mostra o processo crítico em que estamos e que reproduz aquilo que o Brasil vai ser no futuro”, lamentou Aubert.
Para 2011, o empresário avalia que o setor deve registrar um crescimento entre 5% e 6%, acompanhando a expansão brasileira. Neste ano até outubro, o setor teve alta de 10,8% em comparação com o mesmo período do ano passado. No mesmo período, o saldo da balança comercial do setor atingiu US$ 12.9 bilhões, sendo que a previsão é encerrar o ano em US$ 15 bilhões. Para o próximo ano, a Abimaq prevê um deficit entre US$ 18 bilhões e US$ 19 bilhões. Em outubro, o setor recuperou o nível de emprego que tinha em setembro de 2008, com 250 mil empregados.
De acordo com Aubert, porém, o faturamento ainda está 15% menor do que registrado naquele mês. Isso acontece, de acordo com ele, porque o Brasil está sofrendo uma “invasão” de máquinas importadas.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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