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Expansão do crédito terá ritmo menor em 2008

A carteira de crédito dos bancos deve crescer 20,3% em dezembro de 2008, apresentando uma desaceleração no ritmo frente ao mesmo mês de 2007, quando poderá apresentar crescimento de 21,9%. A conclusão é de uma pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) realizada com 43 instituições financeiras brasileiras.

Segundo Nicolas Tingas, economista-chefe da Febraban, a desaceleração já era esperada. “A expectativa é que a demanda se acomode no ano que vem e, com isso, o crédito”, explicou. De acordo com ele, a modalidade que mais vai puxar os empréstimos no ano que vem é o crédito imobiliário. “O financiamento à casa própria é a grande apostas dos bancos”, completou. Tingas lembra que modalidades que até agora tiveram crescimento expressivo, como financiamento de veículos e consignado, vão desacelerar. “A principal preocupação dos bancos será ampliar prazos e oferecer taxas mais competitivas frente a concorrência”.

Os empréstimos à pessoa física podem subir 25,7% em 2008, enquanto o crédito à pessoa jurídica deve ter alta de 19,5%.

A previsão é que as operações de crédito pessoal, incluindo consignado, subam 23,4% em 2008 frente aos 26% em 2007. O financiamento de veículos, que cresce no ritmo de 25,2% neste ano, irá desacelerar para 22,3% em 2008. Já a taxa de inadimplência cairá de 4,9% para 4,3% em dezembro do ano que vem.

As instituições financeiras também traçaram projeções macroeconômicas. O veto da Contribuição Financeira sobre Movimentação Financeira (CPMF) não alterou a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Os bancos até mesmo aumentaram a projeção anterior, de 4,72%, a 5,12% para dezembro de 2008. Já a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo deve ficar em 4,19% em 2007 e em 4,16% em 2008. A previsão para a taxa de câmbio é R$ 1,84 ao final de 2008.

Os bancos prevêem uma taxa Selic em 10,72% ao ano. “Há menos espaço para a queda da Selic no ano que vem, mas a propensão é de baixa nos juros bancários, já que a concorrência no setor tem se acirrado”, salientou o economista-chefe.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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