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Escolas de administração, sindicalismo e parasitas sanguessugas

Os investimentos em conhecimento para as trabalhadoras e trabalhadores estão permanentemente na pauta de atividades das entidades representativas de classes e, também, das grandes empresas dos mais diversos seguimentos. No setor sindical da pesca profissional artesanal representado pelo sistema CNP (Confederação Nacional dos Pescadores), formado por 23 federações estaduais e 897 Colônias de Pescadores em todo o país, não é diferente, o que os tornam verdadeiras escolas de formação prática de administração e liderança sindical. Esse contexto estabelecido pelas relações entre humanos vem contabilizando um avanço espetacular na interação entre os trabalhadores, empregadores e lideranças sindicais e gerando muitos dividendos apara a sociedade. Contudo, a iniciativa alimenta milhares de pessoas que se comportam como se fossem parasitas.
A constante luta pela manutenção do mercado (espaço), introduzindo inovações, oportunizando acesso ao conhecimento prático e importantes melhorias salariais do setor produtivo brasileiro são incontestáveis. Agora, nos parece um grande desafio, mesmo, é encontrar vacina contra a ação dos parasitas. Nem mesmo as igrejas, conseguem livrar-se deles. Existem igrejas que possuem escolas de formação teológica para formar seus pastores e as que não tem, pagam para tal. Muitos deles, mal acabam de se formar, não agradecem, abandonam quem lhe subsidiou os conhecimentos e, mais, passam a ser ferrenhos concorrentes daqueles que utiliza-se de golpes baixos. Ou seja, transforma-se em parasitas sanguessugas.
Recentemente, a ANTT (Associação Nacional de Transportes Terrestres) debatia com várias empresas transportadoras do segmento de cargas e passageiros a ação danosa dos sanguessugas no setor. Muitas empresas fizeram vultosos investimentos em qualificação profissional de seus quadros de motoristas que, depois de formados, tiveram elevação em seus salários. Ocorre que outras empresas concorrentes em desvantagem, ao perceber que a era a formação profissional que fazia a diferença, passaram a contratar os motoristas VIPs.
Nas colônias de pescadores, reservada a devida proporcionalidade, está ocorrendo situação semelhante às das igrejas e empresas. Os pescadores e pescadoras, ao ter o primeiro contato com as colônias, só sabem mesmo, pescar, pois nada entendem de administração e muito menos de sindicalismo. Ao longo da relação, aquelas e aqueles que mais se interessam se submetem a participar da direção da através de processo eleitoral. Enfim, eles passam a dominar a dinâmica de desembaraço das demandas sindicais e administrativas junto as instituições.
Muitos deles imaginam saber o bastante para abandonar as colônias e partir para formação de outras entidades e até mesmo manter-se numa colônia desfiliada da federação. Um dos exemplos foi dado na semana passada, quando a pescadora Valdemira Vieira de Carvalho, associada da Colônia de Pescadores Z-7 do município de Autazes, confessou ao conselho fiscal o desvio de mais de R$ 20 mil, garantindo que devolveria tudo parcelado. Valdemira, foi secretária da Colônia Z-7 e depois indicada interventora da Colônia de Pescadores Z-8 de Iraduba. Ela foi pelo superintendente do trabalho e emprego e pelo titular da secretaria local da aquicultura e pesca da Presidência da República, para operar num diabólico plano de comprometimento da administração da Fespesca.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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