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Entre turnês e representatividade

Por Lilian D’Araujo 

@lydcorr

Música é desafogo, comunicação universal, e canal de inteligência emocional, mas também é luta, resistência e motor de conquistas. Assim pode se definir a vida do músico – percussionista Stivisson Menezes. Ele se apaixonou pela música via percussão e bateria e com ela alcançou o mundo.

Stivisson esteve nos estúdios do Jornal do Commercio para um bate-papo com a equipe do Trends JC nesta sexta-feira (5). Ele falou sobre o prêmio que ganhou no Concurso Jovem Instrumentista, dentro do evento Amazonas Green Jazz Festival 2022, que aconteceu há alguns dias, falou sobre representatividade política e projetos futuros.

O percussionista de 28 anos, que começou com a fanfarra escolar na adolescência, resolveu estudar e hoje possui formação em percussão popular no Liceu Cláudio Santoro e em projetos de extensão da UEA-Esat. Ele também é educador, licenciado em Pedagogia pela UEA (Universidade do Estado do Amazonas), base que ele utiliza como professor de percussão popular e marcial. “Procuro trazer a minha experiência para a formação e busco me inserir em projetos como voluntário para alcançar mais pessoas e ajudar aos que estão inciando”, disse Stivisson.

Trends JC recebeu os artistas Stivisson Menezes, percussionista de sucesso e Judha Tesla, comediante que tem feito muito sucesso nas redes

Conselho de Cultura

Stivisson Menezes concorreu ao cargo de Conselheiro Municipal de Cultura, no segmento “Música”, nas eleições do Concultura (Conselho Municipal de Cultura de Manaus) no ano passado. Ele contou que sua candidatura foi sem querer, acidental mesmo. “Eu fui me inscrever para acompanhar e votar na eleição para o Concultura e um dia recebi um aviso de que a minha candidatura tinha sido aceita. Jamais imaginaria que estava me inscrevendo como candidato a uma vaga. E assim foi. Resolvi seguir adiante e participei da eleição. Para uma próxima oportunidade, irei intensificar minha campanha, pois quero ser um representante da música”, garantiu o percussionista. “Na pandemia, a gente pôde ver como a falta de representatividade faz diferença na hora de aprovar um projeto ou lutar por melhorias e apoio às classes. Precisamos de mais gente lutando”, avaliou.

Premiação 

Stivisson e o parceiro de Duo, Raphael Moraes ganharam um prêmio há alguns dias dentro do Amazon Green Jazz Festival 2022. “Eu acho que superei minha expectativa, apesar de que estava muito nervoso no início. Mas o melhor momento foi a interação com o público, esse contato pós-pandemia, sentir o público”, afirmou o percussionista do duo campeão. Ainda jovem, Stivisson é bastante experiente. A percussão o levou além-mar. Ele esteve em turnê pela Áustria e Suíça por duas vezes. “Foi a música que me levou tão longe. A ela sou grato pelo que sou hoje e por tudo o que venho conquistando. Estar no meio da arte moldou o meu caráter e a minha vida”, disse. Este projeto é o Manacanto -trabalho instrumental com repertório de músicas autorais, regionais do Amazonas e da Suíça, além de releituras de músicas conhecidas mundialmente que passeiam pelo jazz, blues, bossa nova e outros gêneros. 

De volta a terras amazônicas, um dos maiores desafios do percussionista internacional é, no entanto, fazer a música amazônica despontar aqui mesmo, no Amazonas e em Manaus. Essa é uma tarefa difícil, mas se chegamos à Suíça e Áustria, conseguiremos alcançar o manauara. Boa sorte, Stivisson.

Veja a presentação do Duo vencedor do primeiro lugar no concurso no Amazonas Jazz Festival 2022

Lílian Araújo

É Jornalista, Artista, Gestora de TI, colunista do JC e editora do Jornal do Commercio
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