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Empresas podem renegociar dívidas

Renegociar dívidas em um momento de crise e instabilidade econômica é a saída para empresas dos mais diversos portes. No Amazonas, representantes dos MEIs (micro empreendedor individual) e MPEs (Micros e Pequenas Empresas) e consultores recomendam a educação financeira e a busca por consultoria para um melhor desempenho do setor. Para as categorias que mais empregam e geram renda e ao mesmo tempo são as mais esmagadas pela recessão, uma das dicas é buscar a renegociação de dívidas e a ‘limpeza do nome’ nas ações da 3ª Semana Nacional de Educação Financeira, promovida pela Senacon/MJ (Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça) em parceria com Serasa, Banco Central do Brasil, o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio as Micros e Pequenas Empresas) e a Febraban (Federação Brasileira de Bancos). A qualificação através da educação financeira pode assegurar uma maior sobrevida, ou mesmo o sucesso, dos micro se pequenos negócios, explica o presidente da Aje-Am (Associação de Jovens Empresários do Amazonas) Rodrigo Viegas. “Ações como as da Semana tem extrema importância para o ambiente empresarial, ao focar em capacitação. A Semana oferece a quem não teve qualificação, a chance de melhorar em gestão e isso é um dos pilares do empreendedorismo”, disse. A busca por consultoria também é recomendada pela Aje-Am, que tem entre suas associadas empresas micros, pequenas e até mesmo algumas indústrias, todas sob o comando de jovens. “No âmbito do associativismo, promovemos a convivência entre empresários que passaram por dificuldades e iniciantes, o que representa uma forma de consultoria. Mas recomendamos a procura por profissionais, uma coisa que hoje é muito mais acessível e barata”, afirma Viegas.
A procura por ajuda profissional, em contabilidade ou consultoria, desde o início é uma das sugestões do bacharel em ciências contábeis e proprietário do escritório J.L. Contabilidade & Advocacia, Jonas Barbosa. “É uma premissa para todo negócio. A assessoria de um profissional evita que boas ideais sejam desperdiçadas. Desde o berço até o fechamento, o acompanhamento pode evitar prejuízos à empresa, não importa o porte do empreendimento”, resume. De acordo com Barbosa, algumas campanhas voltadas ao empreendedorismo têm sido nocivas ao não informar sobre o papel do contador ou consultor o que causa o encerramento de empresas.
“Algumas entidades tornam a abertura de um negócio uma coisa tão fácil, que a primeira coisa que o novo empreendedor faz é se endividar com um banco. Sem estudo, sem informações, correm à uma agência bancária. A assessoria e consultoria de um profissional, evitariam este endividamento e o fechamento precoce da empresa”, afirma.

Renegociando dívidas

Sobre a renegociação de dívidas, Viegas vê na ação a chance de alavancar outros setores da empresa. “A carga tributária, mesmo para os pequenos, é altíssima. Ao renegociar as dívidas e conseguir consultoria de forma quase gratuita -hoje fácil de encontrar -pode-se canalizar o dinheiro para investimentos estruturais e de qualificação. Está tudo interligado e é preciso ter capacidade de enxergar isso”, conclui.
Para a renegociação, especialistas sugerem um passo a passo que inclui preparação, identificação de erros e planejamento. “As informações estão aí, as associações existem para ajudar o empresário, mas esse conhecimento deve ser apreendido por quem é o interessado direto. Tenho três empresas e todas indo em frente. Mas isso exige trabalho, qualificação e empenho”, fecha Viegas.
A 3ª Semana Nacional de Educação Financeira vai até o dia 22 de maio. Para participar da campanha de renegociação de dívidas, o MEI deve acessar a plataforma www.consumidor.gov.br para receber um login e senha. Já as companhias podem acessar o ‘Limpa Nome Online Empresas’ da Serasa pelo link www.limpanomeempresas.com.br.

App disponível

Coincidindo com o lançamento da Semana (na segunda-feira, 16), a parceria Sebrae -Febraban disponibilizou o aplicativo “Meu Negócio em Dia” (disponível nos sistemas iOs, Android e Windows Phone), ferramenta de educação financeira para a gestão de pequenos negócios. Por meio do software, os usuários poderão fazer análises das principais receitas e despesas da empresa, além de obter dados como correção de valores de prestação e outros serviços financeiros.
Os MEIs registrados no Brasil ultrapassaram os seis milhões neste primeiro trimestre (estimativa do Sebrae nacional) e segundo as instituições parceiras, 56% destes não fazem uma correta separação entre finanças pessoais e das empresas.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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