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Empresas apostam na adoção do dinheiro eletrônico no Brasil

Os cartões de crédito, débito e benefício, algumas das modalidades que compõem o chamado dinheiro eletrônico, estão ganhando espaço no mercado brasileiro. O assunto foi um dos destaques neste primeiro dia do C4 -Congresso de Cartões e Crédito ao Consumidor que aconteceu até sexta-feira, em São Paulo. Pesquisa recente realizada pela MasterCard mostrou que a percepção da sociedade em relação à extinção do dinheiro em espécie e papel deverá acontecer nos próximos dez anos. Entre os entrevistados, 56% acreditam que o dinheiro eletrônico será predominante no país após este período.
Érick Luiz, diretor de produtos de débito da MasterCard, acredita no ­potencial dos cartões de débito nesta direção. De acordo com o Banco Central, nos últimos seis anos, o ­crescimento da modalidade de pagamento foi da ordem de 700%.
Porém, segundo pesquisa da MasterCard, o uso destes plásticos ainda é muito concentrado: apenas 13% dos usuários são responsáveis por 40% do consumo representado por esta forma de pagamento. O executivo da bandeira comenta que há um grande espaço para crescimento, uma vez que os usuários destes cartões realizam, em média, 3,8 transações ao mês. “A educação financeira e a barreira cultural de andar com dinheiro em espécie na carteira têm que ser ultrapassadas para que a expansão aconteça”, afirma.
Outro segmento em destaque é cartão empresarial voltado para micro e pequenas empresas. Os produtos nesta área despontam como alternativa para maior controle de gastos nas companhias. Eduardo Chedid, vice-presidente de produtos da Visa do Brasil, comenta que o potencial de pagamentos neste nicho de mercado com cartões é estimado em US$ 1,24 bilhão/ano. No entanto, diz que apenas 3,5% deles já são feitos via plástico. “Há um longo caminho a ser percorrido. Atualmente, as soluções comerciais Visa representam 4% do volume da bandeira no mercado brasileiro”.
Também os cartões benefício (alimentação e refeição) devem contribuir para o maior desenvolvimento das transações feitas eletronicamente. Virgílio Veloso, consultor de mercado nesta área, diz que no Brasil existem 9 milhões de plásticos, concentrados em seis Estados brasileiros. “Este dado reflete o potencial de crescimento desta modalidade de pagamento no interior do País, expansão que poderá ser feita através de players regionais e novos canais de distribuição”. Ele comenta, ainda, que 75% dos funcionários assistidos pelo benefício têm renda de até 5 salários mínimo.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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