A indústria de transformação do Amazonas influenciou positivamente os números estaduais apurados pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) no mês de janeiro. A informação foi divulgada ontem, durante entrevista coletiva de imprensa, na sede do ministério e apontou o balanço do primeiro mês deste ano como um recorde entre os meses de janeiro, com a criação de 181,1 mil postos de trabalho em todo o Brasil.
Segundo o ministério, a meta estabelecida pelo governo federal era de 100 mil novas vagas e superou as estatísticas de 2008, até então o maior patamar alcançado, com 142,9 mil novos empregos.
No Amazonas a indústria de transformação é composta por empresas que trabalham com materiais de construção, plásticos, químicos e petroquímicos. Este tipo de indústria é caracterizada pela utilização de produtos prontos para o consumo ou já usados, para servirem de matéria-prima na fabricação de outros produtos.
O saldo entre a quantidade de demitidos (2.343) e admitidos (4.830) foi de 2.487 trabalhadores da indústria de transformação, no mês de janeiro. O acumulado dos últimos 12 meses teve saldo negativo de 1.091 vagas.
Os setores de comércio e serviços contabilizaram, juntos, 8.650 demissões contra 7.909 contratações, gerando saldo negativo de 741 ocupações. Porém, a análise dos últimos 12 meses estava positiva com saldo de 8.391 vagas abertas, como resultado de 106,3 mil pessoas que tiveram a carteira de trabalho assinada e 97,9 mil que leram os classificados de empregos a procura de uma nova atividade comercial.
Para o presidente da FCDL/AM (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado do Amazonas), Ralph Assayag, a quantidade de funcionários contratados pode ser maior nos próximos meses. “É comum haver contratação de temporários em fevereiro ou março para atender as vendas do período da Páscoa e garantir o quadro funcional para o mês das noivas e Dia das Mães”, garantiu.
Assayag lembrou, ainda, que o Caged considera apenas a movimentação formal de trabalhadores e o número de contratações e demissões em janeiro poderia ser maior. “O comércio informal ainda é muito presente no Centro de Manaus e abriga uma grande quantidade de pequenas lojas que recrutam trabalhadores sem registro na carteira de trabalho”, explicou.
Estoque de assalariados
Segundo o Caged, em janeiro de 2010, o Amazonas registrou um saldo positivo de 1.789 empregos celetistas, equivalentes à expansão de 0,50% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada do mês anterior. Foram 14.199 admissões e 12.410 demissões.
Entre os municípios com mais de 30 mil habitantes, Iranduba obteve o maior saldo: 35 novos empregos celetistas, com 63 admissões e 28 desligamentos. Já Manacapuru foi o município com pior desempenho. Foram 33 demissões e 27 contratações, gerando um saldo negativo de 6 vagas.
Em termos absolutos, o desempenho do Amazonas é o melhor de toda a série histórica do Caged para o período e o segundo melhor saldo da região Norte, atrás apenas de Rondônia, que obteve um saldo de 2.600 empregos. Já a região Norte apresentou um saldo positivo de 7.021 novos postos de trabalho.
