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Em torno de 97% das profissões conseguem reajuste igual ou acima da inflação

A quase totalidade (97%) de 290 categorias profissionais conseguiu reajustes de salário igual ou superior à inflação em negociações ocorridas durante o primeiro semestre, aponta levantamento feito pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Além disso, notam os pesquisadores, os reajustes obtidos foram melhores do que os ganhos salariais negociados em 2008 (ano de crescimento econômico) e em 2009 (ano de plena crise, em que o país não cresceu).
A taxa de 97% é mais alta que a verificada nos anos de 2008 e 2009, quando 87% e 93% dos grupos de trabalhadores tiveram sucessos semelhantes. O instituto leva em conta o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), considerando o período entre os dois reajustes de salário.
O INPC reflete o custo de vida das famílias com renda mensal até seis salários mínimos.
Segundo a instituição, uma parcela de 88% dos grupos de trabalhadores monitorados conseguiu obter reajustes acima da inflação, sendo que boa parte (40% desses grupos) obteve um ganho salarial de até 1% sobre a inflação do período. Uma minoria (5% das categorias) conseguiu reajustes com ganho de 5% (ou mais) sobre o INPC medido para o período.
No ano passado, somente 1,7% das categorias havia conseguido ganho real de 5% ou mais em suas negociações salariais.
Uma parcela de 3,1% dos grupos de trabalhadores negociou reajustes abaixo da inflação, no primeiro semestre de 2010. Em 2009, essa parcela foi calculada em 7,2%.
Conforme cálculo da instituição, a inflação acumulada em 12 meses para cada data-base no primeiro semestre foi de 4,89%. Nos primeiros seis meses de 2008 e de 2009 essa variação foi de 5,67% e 6,06%, respectivamente.

Crescimento e contratações

Os pesquisadores do Dieese apontam vários fatores para explicar o desempenho desses grupos nas negociações salariais: a retomada “vigorosa” do crescimento econômico, o aumento da contratação de trabalhadores com registro em carteira, a queda nas taxas de desemprego, os aumentos reais do salário mínimo (com impacto direto nas categorias de pior remuneração), entre outros.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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