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Deputado cobra do poder público desapropriação da área do Maksoud

Diante da negativa da Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia) e do próprio Maksoud — em prestar esclarecimentos sobre a paralisação das obras do hotel —, o deputado estadual Marcos Rotta (PMDB) vai indicar ao governo do Estado o pedido de desapropriação da área do empreendimento, avaliada em mais de R$ 45 milhões.
Em discurso na tribuna da ALE (Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas), na manhã desta quarta-feira (6), Rotta afirmou que — para tirar o ‘esqueleto monstruoso de uma das paisagens mais bonitas de Manaus’ — é necessário que o poder público interfira, no sentido de requisitar a área e transformá-la em algo mais benéfico para a sociedade.
“Ou o poder público requisita a área e indeniza o Maksoud, ou outra empresa assuma a obra e a conclua. O que não podemos mais conceber é a ‘existência’ de um elefante branco no local mais nobre e mais bonito da cidade. A construção de uma marina pública seria ideal, já que não contamos com nenhuma estrutura dessa na capital”, disse. Segundo Rotta, no ano passado foram solicitadas — por meio de requerimentos da Casa Legislativa — explicações e informações sobre o empreendimento a Semef (Secretaria Municipal de Finanças), ao Implurb (Instituto Municipal de Planejamento Urbano), ao Basa (Banco da Amazônia), a Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia) e ao próprio Maksoud. No entanto, somente o Implurb e o Banco da Amazônia atenderam ao pedido e enviaram respostas aos questionamentos feitos pelo deputado.
“Segundo o Implurb, desde 1999 não há movimentação nos documentos de alvará de construção. O que prova a paralisação da obra há mais de uma década. Já o Banco da Amazônia informou que não financiou a obra”, afirmou Rotta. Segundo levantamentos do parlamentar, o Fundo de Investimento da Amazônia (Finam) investiu mais de R$ 10,8 milhões na obra, cuja área é de 150 mil metros quadrados. “Recursos públicos foram revertidos para a obra e até hoje ninguém sabe, ao certo, o que foi feito com esse montante”, questionou.
Vale ressaltar que o Finam, atualmente, mantém ações na bolsa de valores. Em aparte, o deputado Luiz Castro (PPS) ressaltou que a obra deve passar por investigações e chegou a propor a criação de uma comissão na Casa. “Outro empreendimento de grande porte na AM-010 estava abandonado, mas a intervenção do Estado e a iniciativa privada levantaram a obra e a transformaram em um gerador de trabalho e renda”, exemplificou.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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