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CPI dos Combustíveis vai quebrar sigilo telefônico de membros do sindicato

Depois de ouvir mais dois dirigentes de distribuidoras de combustíveis e o presidente do Sindcam (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Lubrificantes, Álcool e Gás Natural do Amazonas) esta semana, a CPI dos Combustíveis, da CMM (Câmara Municipal de Manaus), decidiu que vai à Justiça pedir a quebra do sigilo telefônico do presidente do sindicato, Luiz Felipe de Moura Pinto, e dos demais membros da diretoria da entidade.
O pedido de quebra de sigilo telefônico foi proposto pelo vereador Ademar Bandeira (PT), membro da CPI, após ouvir do presidente do sindicato que a entidade não tratava de preço e sim de questões trabalhistas e outras legalidades inerentes à categoria. Ademar questionou como então explicar o fato da majoração do preço da gasolina de R$ 2,38 praticado na maioria dos postos da cidade no dia anterior, para R$ 2,72 no dia seguinte.
De acordo com Luiz Felipe, dos 250 postos de gasolina existentes em Manaus, 110 são filiados ao Sindcam, dos quais 20 proprietários são membros da diretoria do sindicato. O presidente da CPI, vereador Joaquim Lucena (PSB), quis saber de Luiz Felipe, que é dono de posto, qual o preço praticado no seu posto na semana passada e qual o preço praticado hoje. Ele não soube precisar.
Diante desse quadro, o vereador Leonel Feitoza (PSDB), relator da CPI, entendeu que o representante dos donos de postos estava brincando com os membros da Comissão e concordou com o pedido da quebra de sigilo telefônico e depois de ler trechos do relatório da ANP (Agência Nacional de Petróleo) em que consta o indicativo de indícios de cartel na revenda de combustíveis em Manaus, disse que já formou seu juízo de valor: existe cartel em Manaus.
Além de Luiz Felipe, foram ouvidos, também, hoje, o representante da distribuidora RZD, Wigner Rezende e o diretor de operações da distribuidora Petroamazon, Marino Moser, que representa os quatro postos que vendem a gasolina mais barata da cidade. Ele disse que a distribuidora entrega a gasolina aos postos ao preço de R$ 2,19 a R$ 2,29 e os postos estão revendendo agora a R$ 2,40 enquanto os demais revendem a R$ 2,72.
Os membros da CPI quiseram saber qual a mágica que ele faz para praticar esses preços. Marino respondeu que ele ganha na quantidade. Vende mais barato e por isso vende mais, além disso, seus postos são simples, não tem outros serviços agregados e só vende à vista.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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