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Consumo de materiais de construção aumenta 3,8%

A compra de materiais de construção voltou a ser destaque nos gastos do consumidor amazonense pelo terceiro mês consecutivo. Apesar dos baixos percentuais na intenção de compra, o consumo dos materiais de construção cresceu 3,8% no mês de setembro. O avanço já era esperado pela Fecomércio/AM (Federação do Comércio do Estado do Amazonas), que apontou o segmento como o terceiro maior na intenção de compra para outubro (6%), atrás apenas dos segmentos de vestuário (22,5%) e calçados (11,5%).
Por outro lado, dados da Acomac (Associação do Comércio de Materiais de Construção do Amazonas) apontam que, em setembro, apesar do percentual de declarados em adquirir materiais de construção ter sido ligeiramente maior que outubro (6,8%), as compras no setor cresceram apenas 2,7%. De acordo com a entidade, setores de cerâmica e acabamentos em geral, incluindo tintas e vernizes, apresentaram maior crescimento (6,5%) no período.
No entendimento do diretor da RM Arquitetura & Decoração, Renato Ramos Godinho, o avanço no setor de varejo de material de construção é um indício de retomada das obras prorrogadas durante os primeiros meses do último trimestre. O empresário lembrou que, em virtude do temor em relação ao aumento dos gastos e por conta da instabilidade na evolução do emprego em Manaus, muitos consumidores preferiram aguardar o fim do ano para efetivar os gastos nos imóveis e ambientes exteriores. “Temos de lembrar que ainda é comum, nessa época do ano, as pessoas começarem a preparar a residência para as festas de fim de ano. Então, é natural que os setores de acabamento tenham destaque nas vendas”, explicou.

Aumento do crédito

Já o sócio-diretor da Casa das Correias, Marcelo Paixão, preferiu creditar os avanços no varejo como resultado das ações do governo e do aumento no crédito bancário, que beneficiou indiretamente todos os segmentos ligados ao setor da construção civil. O empresário revelou que ao aumentar o crédito bancário, o sistema financeiro possibilitou o consumidor das classes C e D ampliarem e diversificarem as compras a partir de financiamentos. “Nós mesmos somos exemplos disso. Com a demanda ampliada, já abrimos 80 novos postos de trabalho nesse novo panorama econômico, com proposta de aumentarmos o quadro para pelo menos 15% ao longo dos próximos dois anos”, completou.
Para o presidente da FCDL (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas), Ralph Assayag, o novo fôlego da construção civil, incrementada pela preparação de Manaus como sub-sede da Copa do Mundo de 2014, alavancou todos os negócios ligados a ela, como materiais de construção. “Não nos esqueçamos de que os cidadãos não ficam alheios aos desenvolvimentos paisagísticos da cidade. Quando eles vêem a quantidade de obras surgindo e ruas pavimentadas, é natural que se animem a investir no próprio imóvel e façam disparar as vendas no segmento de materiais de construção”, considerou.
Segundo o estudo da Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção), a expectativa de crescimento em 2009 é de 6,5% sobre o ano passado -quando o setor bateu recorde de faturamento, com R$ 43,23 bilhões. A projeção para 2010 é de alta de 10% sobre 2009.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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