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Consumidor brasileiro recebe mais um pacote de bondades

Mais um pacote de bondades neste ano de eleições. O preço médio do gás liquefeito de petróleo (GLP), praticado pela Petrobras junto às distribuidoras, será reduzido a partir de hoje. De acordo com a estatal, o valor do quilo (kg) passa de R$ 4,23 para R$ 4,03. O reajuste representa uma queda de 4,7%.

É a segunda redução consecutiva no preço do GLP, também conhecido como gás de cozinha. Em abril deste ano, houve uma queda de R$ 0,25 no valor do kg. Antes, no entanto, os preços mantinham trajetória de alta. Em julho do ano passado, houve aumento de 6%; em outubro de 7,2% e em março deste ano de 16,1%.

Segundo a Petrobras, o preço médio de 13 kg, correspondente à capacidade do botijão de uso doméstico, sofrerá uma redução de R$ 2,60, ficando em R$ 52,34. Contudo, não é possível precisar o valor final que será cobrado do consumidor, já que outros fatores exercem influência como os tributos que incidem sobre o GLP e as margens de lucro das distribuidoras.

Além da redução no GLP, a Petrobras anunciou nas últimas semanas quedas na gasolina, no diesel, no querosene de aviação e na gasolina de aviação. Os reajustes refletem as variações do mercado internacional, conforme a Política de Preços de Paridade de Importação (PPI) adotada pela estatal desde 2016. Na semana passada, o preço do barril de petróleo tipo brent, usado como referência, caiu abaixo de US$ 90 pela primeira vez desde fevereiro.

No primeiro semestre do ano, porém, o cenário internacional era outro. Com base no PPI, os combustíveis sofreram forte alta, o que gerou manifestações de insatisfação do presidente da República, Jair Bolsonaro. Em maio, ele trocou o comando da estatal pela quarta vez durante seu mandato. Caio Mário Paes de Andrade assumiu no lugar de José Mauro Ferreira Coelho.

Em nota, a Petrobras informa que a redução acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a sua prática. A estatal sustenta que busca o equilíbrio com o mercado, sem repassar a volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio. “De forma a contribuir para a transparência de preços e melhor compreensão da sociedade, a Petrobras publica em seu site informações referentes à formação e composição dos preços de combustíveis ao consumidor”, acrescenta o texto.

Conforme o último levantamento divulgado pela Petrobras, realizado entre 28 de agosto e 3 de setembro, o botijão de gás de 13 kg estava custando ao consumidor em média R$ 111,57. A estatal calcula ser responsável apenas por 49,2% desse valor. Atualmente, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Produtos (ICMS), tributo estadual, responde por 10,6%. O restante do preço é de responsabilidade das distribuidoras, que leva em conta os gastos logísticos e a margem de lucro.

Essa composição do preço leva em conta a suspensão da incidência dos impostos federais sobre o GLP de uso doméstico. Uma medida provisória que abre essa possibilidade foi assinada em março do ano passado pelo presidente Jair Bolsonaro, sendo posteriormente aprovada no Congresso Federal. Foram zeradas as alíquotas dos programas de Integração Social (PIS) e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) e da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins).

Nota abre Perfil

Mal-estar gera muitas especulações

O Brasil assiste com muitas especulações a queda de braço entre o TSE e o Ministério da Defesa sobre a transparência nas eleições. Ontem, o ministro Alexandre de Moraes, presidente do tribunal, negou que tenha feito um acordo com militares para a apuração simultâneas dos votos, gerando muito mal-estar nas relações institucionais. A treta reverbera em todos os segmentos do setor público, deixando expectativas no ar sobre a possibilidade de um novo golpe, algo que vem acontecendo desde o encontro de Bolsonaro com embaixadores de outros países, quando supostamente o presidente teria feito ameaças veladas à democracia.

Frustrando a alta cúpula militar, que lhe cobrou explicações, Moraes disse não ter dado nenhuma garantia para as Forças Armadas acessarem dados da votação, atribuição que só caberia ao tribunal. E tão cedo abrirá sua agenda para novas negociações sobre o assunto, segundo informou ontem a sua assessoria.  Nada garante que os ânimos serão controlados até o dia 2 de outubro, quando acontece o primeiro turno do pleito deste ano. Nunca se questionou tanto a credibilidade das urnas eletrônicas. Uma eventual vitória de Lula poderia mergulhar o País novamente em um regime de exceção. É o que muitos temem. Ou serão apenas ilações para prejudicar ações da direita? Veremos mais adiante o desfecho de tanta pendenga.

Contraofensiva

Segundo o Ministério da Defesa, Alexandre de Moraes teria concordado em enviar dados sobre as eleições durante encontro com militares no dia 31 de agosto, quando supostamente houve um acordo para a apuração simultânea das eleições. A negativa do presidente do TSE causou muito ruído na alta cúpula militar. As Forças Armadas planejam acompanhar etapas da totalização das urnas eletrônicas. A ideia é enviar representantes para tirarem fotos de 385 boletins de urna. Os ânimos se acirram.

Pressão

A indústria nacional pressiona para o STF rejeitar o recurso de lideranças do Amazonas que pretende restabelecer a isenção do IPI para todos os produtos fabricados na ZFM. Empresas de outros Estados alegam que a lista de 170 itens isentos do imposto é suficiente para manter a competitividade do parque industrial de Manaus, onde existem pelo menos 500 fábricas em operação. A CNI pede a revogação da liminar do ministro Alexandre de Moraes que proibiu a redução do tributo. E a luta continua.

Repúdio

Ainda repercute o episódio que aconteceu em Borba, onde o deputado Roberto Cidade (UB), presidente da Assembleia, foi agredido pelo prefeito do município, Simão Peixoto (PP), durante campanha do governador Wilson Lima (UB). Sem a menor chance de esboçar qualquer reação, Cidade levou um soco no rosto.  Ontem, na volta do recesso, os deputados voltaram a manifestar repúdio contra a agressão, sugerindo a cassação de Peixoto. Infelizmente, a ética e os bons costumes são execrados por maus políticos.

Frustração

O ex-vereador Chico Preto sofreu nova frustração na tentativa de disputar a única vaga para senador pelo Amazonas nas eleições de outubro. Ontem, o TRE-AM manteve a decisão do desembargador eleitoral Kon Tsih Wang que rejeitou a sua candidatura avulsa para o Senado. Ele foi alijado do processo depois de supostamente ter garantias do prefeito de Manaus para concorrer ao cargo pelo Avante. No lugar dele, ficou o Coronel Menezes, que apoia o governador. Na política, só valem os interesses.

Votos

O crescimento de Eduardo Braga (MDB) nas intenções de voto surpreende a corrida eleitoral pelo Palácio Rio Negro. Agora, o candidato ao governo do Amazonas se aproxima de Wilson Lima (UB), que disputa a reeleição, e de Amazonino Mendes (Cidadania). E falta pouco para empatar tecnicamente com os dois principais oponentes na disputa. Antes, Amazonino liderava, agora está atrás de Lima, tendo Braga em terceiro. A visita de Lula foi preponderante para mudar o cenário local.

Vigor

As condições de saúde de Amazonino Mendes continuam gerando desconfiança junto aos eleitores, algo de que se aproveitam seus oponentes. Não é a primeira vez que ele tem sido visto acompanhado de cuidadores e médicos em cadeira de rodas. Aos que duvidam de suas condições físicas e mentais, tem sido direto, lembrando casos como o do presidente dos EUA que comandou aquele país durante a Segunda Guerra sem poder andar, saindo vitorioso do conflito com a Alemanha de Hitler. Compreensível.

Quelônios

Pelo menos 900 mil quelônios acabaram no prato de famílias com domicílios em Manaus, segundo uma pesquisa do Departamento de Conservação de Peixes e Fauna Silvestre da Universidade de Virgínia Tech (EUA), feita em parceria com a Universidade de Princeton. A exploração predatória para consumo humano ameaça a espécie no Estado, conclui o estudo. Os dados são alarmantes. São 90 animais mortos por hora só na capital. É um absurdo. Os órgãos de fiscalização devem reforçar a defesa da fauna

Garajão

O Garajão, no Centro de Manaus, foi comprado pelo valor mínimo de R$ 5,374 milhões no leilão realizado ontem. O comprador, um empresário que não quis ter o nome divulgado, também arrematou um terreno do município por R$ 698 mil. Construído em 1988, o prédio já estava sem funcionalidade para a gestão municipal há pelo menos cinco anos. O valor arrecadado será revertido para a Manaus Previdência, segundo a prefeitura. As instalações precisam apenas de alguns reparos, revelam técnicos.

FRASES

“É um momento histórico”.

Ebenezer Bezerra, secretário municipal, sobre a venda do prédio do Garajão.

“Criou um clima de animosidade na política brasileira”.

Lula, candidato à Presidência, ao criticar o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG).

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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