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Confiança da indústria amazonense avança em agosto e chega a 105,1%

A confiança da indústria amazonense pulou de 99% para 105,1% no comparativo entre julho e agosto. Foi o que detectou o ICI (Índice de Confiança da Indústria da Fundação Getúlio Vargas) que, em nível nacional subiu 6,2% em agosto na comparação com o mês de julho, avançando de 99,5% para 105,7% na série já contabilizado ajuste sazonal.
De acordo com a FGV (Fundação Getúlio Vargas), este foi o maior nível para o indicador desde setembro de 2008, quando essa confiança fechou praticamente com 115% na série com ajuste sazonal. O resultado observado em agosto no Amazonas ficou ligeiramente superior ao de setembro do ano passado, período em que a crise se instalou no PIM.
Na comparação com igual período do ano passado, o ICI de agosto registrou 11,2% de queda, recuo menos intenso que a taxa negativa de 15,5% observada durante o mês de julho, no mesmo tipo de comparação nos dados sem ajuste sazonal. Ao Jornal do Commercio, os economistas da Fundação Getúlio Vargas comentaram em nota que, em agosto, “com a quinta elevação mensal consecutiva a taxas superiores a 4%, o ICI ultrapassa, pela primeira vez em 2009, o nível dos 100 pontos percentuais, que determina a linha de corte entre satisfação/otimismo e insatisfação/pessimismo nesta pesquisa”.
Além disso, os especialistas apontaram ainda que as indústrias do Amazonas seguiram igual tendência observada em Belo Horizonte, Curitiba e Fortaleza, onde essa confiança do empresariado atingiu 105,1% em agosto, após fechar julho com praticamente 99%. Na análise da Fundação Getúlio Vargas, a taxa de agosto “sugere a efetiva consolidação da recuperação industrial no país, embora o índice de agosto de 2009 ainda se encontre em patamar 11,8% inferior ao do mesmo mês do ano passado no Amazonas”.

Cieam aposta em alta para o 1º quadrimestre de 2010

O presidente do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), Maurício Loureiro, não concordou totalmente em relação ao grau de confiança no futuro medido pela pesquisa ao afirmar que seria mais correto dizer que o otimismo virá após a expectativa de crescimento com maior vigor nos meses de setembro a dezembro deste ano do que o verificado no quadrimestre anterior. “Ou seja, no acumulado deste último quadrimestre, prevemos crescimento de 7% no total. Daí talvez o fato de o Amazonas ter figurado entre os Estados com maior otimismo, dentre os pesquisados”, comentou.
Loureiro concordou que o otimismo observado na leitura da Fundação Getúlio Vargas pode se refletir em aumento de contratação e de novos investimentos no PIM (Polo Industrial de Manaus) já no primeiro quadrimestre de 2010. O executivo lembrou que o próximo ano é eleitoral, fato que associado à expectativa dos novos investimentos estrangeiros, mais os que já estão em fase de implementação, tornará possível a evolução do emprego na indústria. “Podemos até arriscar uma opinião: o Brasil crescerá algo em torno de 3,5% de seu PIB (Produto Interno Bruto). Com isso virão os empregos e uma maior estabilidade da economia como um todo”, projetou.
A explicação para o bom humor do empresariado, na opinião do professor doutor em economia Álvaro Smont, está no fato de que a alta renda impulsionou o otimismo com a recuperação da bolsa e a valorização cambial. Em nota, o analista deixa claro que, no auge da crise, o consumidor mais abonado se ressentiu muito com a queda nos preços dos ativos financeiros nos quais investia e com o dólar mais caro, fato que prejudicou as viagens e investimentos no exterior. “Se cruzarmos os dados da Fundação Getúlio Vargas sobre a confiança da indústria na pesquisa de Situação Atual (cujo último resultado é de agosto) contra a produção industrial do IBGE (que vai até julho), a comparação sugere que teremos nova alta no mês de agosto no nível de atividade industrial. Sem dúvida, este último quadrimestre promete boas notícias para a economia e as indústrias locais”, finalizou.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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