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Começou o verão amazônico. Tem vinho indicado pra esse verão?

Confesso que por muito tempo eu não dei bola para os espumantes. Não por esnobação, mas por pertencer a uma geração bombardeada por informações  que direcionavam para o consumo do champagne francês e isso somente em  celebrações especiais no final cada ano.  No meu entender a fidelidade aos vinhos de uma cepa em particular é um conceito inadmissível. Ainda mais hoje em dia quando a maioria das vinícolas prima por alta qualidade.  

Para mim, o espumante  com borbulhas naturais causadas pela presença de gás carbônico na garrafa é ideal para consumo em dias quentes, com tardes ensolaradas. É o autêntico vinho para o verão amazônico e pode ser consumido por sua refrescância, ao ar livre. É também a bebida perfeita para festas e comemorações devido a sua versatilidade pois possível harmonizar perfeitamente com diversos tipos de finger foods, acepipes e petiscos.

Dependendo de como e onde é elaborado, o espumante recebe nomes distintos. Assim, os mais famosos espumantes do mundo são os champagnes, como são chamados aqueles produzidos na região geográfica da França denominada Champagne  localizada a 145 km a nordeste de Paris. Reza a lenda que embora se produza vinho na região de Champagne desde os tempos romanos, o vinho borbulhante ao qual chamamos de champagne foi feito pela primeira vez no final do século XVII. Por outro lado, está documentado que o champagne foi criado acidentalmente pelo abade Dom Pérignon, que dizia estar “bebendo estrelas” toda vez que degustava.

Soube que existe uma corrente de especialistas neste assunto que  declararam que por mais agradável e charmosa seja essa história, o champagne não foi criado por Dom Pérignon nem por qualquer outra pessoa. O champagne, segundo eles, foi o resultado do trabalho de muitos champanheses e de um acaso da natureza. E agora?

Lendas a parte, acho esse vinho branco o mais charmoso de todos. Para ilustrar,  dizem que certa vez, a atriz americana Marilyn Monroe tomou um banho de banheira com o néctar de 350 garrafas de champagne. Quer mais charme do que isso?

As variedades mais importantes na produção de um champagne são a Pinot Noir e a Chardonnay. Esse tipo de vinho pode também ser rosé, dependendo do tempo em que se deixa a mistura em contato com as cascas da Pinot Noir para transferir ao vinho base à cor e as características da bebida rosé. 

MINHA DICA: é melhor consumir o espumante rosé no prazo máximo de dois anos depois de engarrafado.   

EM MIUDOS – geralmente um espumante não apresenta em seu rótulo a safra da qual foi feito. Isso porque quase sempre envolve uma mescla de uvas de várias safras para garantir seja mantida a mesma qualidade através dos anos. Somente os anos especialmente bons são usados para fazer espumantes exclusivos de uma única safra. Estes são denominados millésimes, e trazem a safra no rótulo.

Existem dois métodos usados para a elaboração dos espumantes – Champenoise – que consiste em obter a segunda fermentação na própria garrafa. Esse é um processo demorado, cuidadoso e caro, que leva, em geral, anos para ser concluído nos subterrâneos (caves) das famosas maisons. Este método acrescenta complexidade incomparável à bebida, mas a torna cara e pouco acessível.

O método alternativo – Charmat– que possibilita a obtenção da segunda fermentação em tonéis de aço inox, fez com que o preço do espumante elaborado por este método se tornasse acessível, daí a popularização em todo o mundo. 

CURIOSIDADE

O imperador Napoleão Bonaparte, sobre o champagne, disse certa vez : “Nas vitórias é merecido, nas derrotas é necessário”

Já degustou os excelentes espumantes brasileiros?

Foto/Destaque: Divulgação

Humberto Amorim

Enófilo, curioso, insaciável e infiel apreciador
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