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Cinemas devem faturar R$ 1,2 bi

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Na contramão dos setores que amargam os reflexos da recessão econômica, o mercado exibidor de filmes mantém a ascensão dos últimos anos. Com projeção de movimentar R$ 1,2 bilhão em 2015, alta de 15% na comparação anual, a previsão é manter o bom ritmo nos próximos anos, e superar cinco mil espaços disponíveis.
De acordo com o sócio da Tonks -empresa organizadora da Expocine, feira direcionada aos profissionais do setor – Mauri Parlos, os resultados alcançados foram conquistados pelos investimentos dos empresários do meio. “Nos últimos 12 meses tivemos a quase totalidade do processo de digitalização das salas de cinema do país, com a melhoria do som e imagem dos filmes exibidos”, destaca ele, que estima aumento médio de 12% do movimento de espectadores após as mudanças.
Com linhas de crédito incentivadas pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que destinou R$ 140 milhões ao setor, o processo de digitalização avançou rápido, mas poderia ser maior, já que houve retração do setor de shopping centers, principal locador aos exibidores. “O cinema é o modo de entretenimento mais barato para o consumidor. Estudos em outras economias que passaram por situação de crise sinalizam que o público não deixou de ir ao cinema”.
Se o valor do bilhete é considerado uma alternativa barata de entretenimento, o valor para abrir uma sala é salgado: segundo Parlos, em média, o gasto chega a R$ 1 milhão por operação.
Com tíquete médio de R$ 14, o segmento deve fechar o ano com incremento de 15% no fluxo de pessoas nas salas, na comparação anual, o que levará a 90 milhões de espectadores. Para 2016, a estimativa é ainda mais animadora: 110 milhões de visitantes nos espaços pelo Brasil.

Tendências e oportunidades
Ao contrário de décadas passadas -quando a grade de lançamentos da indústria cinematográfica era trabalhada de modo diferenciado e com mais exclusividade aos cinemas -hoje, os empreendedores de espaços de exibição necessitam de diferenciação para manter o giro de público em avanço constante. “Da TV paga aos aparelhos de celulares, a segunda tela é uma realidade, porém as oportunidades não deixarão de existir no setor”, explica Parlos.
Segundo o executivo, uma das alternativas é a apresentação de espaços mais sofisticados e que possibilitem um conforto maior ao público. Nas salas tradicionais, os principais players apostam na construção de espaços VIPs e Premium com som imerso e telas grandes à disposição do usuário.
Outra proposta adotada por muitos empresários deste ramo é transformar a sala de exibição em espaço multiuso. “Além dos lançamentos aguardados, observamos que a cada dia crescem as oportunidades de contratos com empresas que buscam as salas para realização de eventos”, pontua.
De acordo o executivo, a iniciativa nasceu para suprir o baixo índice de ocupação das salas que, atualmente, gira em torno de 25% e 30%.

Entre as grandes
No ranking dos principais players do segmento, a Rede Cinesysten Cinemas, detentora de 135 salas de exibição, distribuídas em nove Estados, prevê um crescimento de 20% de movimento após a entrada no mercado premium.
Segundo o diretor comercial e de marketing da rede, Luis Henrique Calil, o grupo encerrará o ano com elevação de 30% no faturamento e público estimado de 8 milhões de espectadores no acumulado do ano. “Também adotamos a utilização dos espaços para outras exibições do audiovisual desde um show a grandes eventos esportivos”, detalha o executivo.
Com entrada no mercado paulistano marcada para 2016, a rede anuncia a abertura de uma operação no bairro do Morumbi, e confirma a meta de atingir 300 salas nos próximos cinco anos. “Estamos com crescimento orgânico e faremos uma revisão dos próximos mercados que apostaremos”, diz.
Para mensurar esse mercado a Expocine segue até amanhã (19), em São Paulo. Com a participação de 52 expositores, quase o dobro do ano passado, o evento traz como principal tema de discussão o perfil do novo público de cinema.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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