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Captação é 24% menor que mesmo mês de 2013

Os depósitos na caderneta de poupança superaram os resgates (a chamada captação líquida) em R$ 1,744 bilhão em janeiro, segundo dados do Banco Central. O valor é 24% menor que o registrado em janeiro de 2013 (R$ 2,300 bilhões). Em relação a dezembro, quando o resultado foi de R$ 11,202 bilhões, a queda foi ainda maior: 84%.
Esse é o 23º mês seguido em que os depósitos ultrapassaram os saques na caderneta. De acordo com o BC, no mês passado, os depósitos na poupança ficaram em R$ 127,673 bilhões, enquanto as retiradas foram de R$ 125,929 bilhões.
Com o resultado do mês passado, o saldo total da poupança chegou a R$ 602,794 bilhões, em comparação com R$ 597,943 bilhões no fim de 2013.
Em 2013, a captação líquida da caderneta ficou em R$ 71,048 bilhões, desempenho recorde anual na série histórica iniciada em 1995.
O resultado da aplicação mais tradicional do país ocorre em meio a um ciclo de aperto monetário para o controle da inflação, que já elevou o juro básico (a taxa Selic) de 7,25% ao ano para 10,5% ao ano.
Apesar da captação líquida menor, com a Selic no nível atual, a poupança retoma vantagem sobre o rendimento médio de fundos de renda fixa que havia sido parcialmente perdida na última elevação da taxa, em novembro de 2013, para 10% ao ano.
A projeção abaixo, da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), considera o novo juro básico. O grande benefício para a poupança agora é a TR (Taxa Referencial), que está mais alta. O calculo da Anefac considera a TR média de 0,09 ponto percentual em janeiro.
A TR é calculada com base no juro básico e no número de dias úteis de cada mês. Quanto maior o juro e mais longo o mês, maior a taxa.
Os fundos de renda fixa com taxa de administração de 2% ao ano, que passaram a ganhar da poupança em resgates a partir de um ano quando a Selic subiu para 10% ao ano, voltaram a perder da caderneta.
A poupança também voltou a ganhar dos fundos de renda fixa com taxa de administração de 1,5% ao ano em resgates até um ano e a empatar em resgates entre um ano e dois anos. Antes, empatava para resgates em até seis meses e perdia nas demais situações.
Só ganham sempre da poupança, independentemente do prazo de resgate, os fundos com taxa de administração de até 0,5% ao ano. Esses produtos costumam exigir aplicação mínima de R$ 50 mil. Os que cobram 1% ao ano, em torno de R$ 25 mil. E os com taxas partir de 1,5% aceitam valores menores.
Vale destacar que, ao longo de 2013, os fundos de renda fixa com foco em títulos públicos prefixados, cuja taxa de retorno é definida no momento da compra, foram prejudicados pelo cenário de aumento do juro básico.
Muitos deles sofreram no ano passado com a chamada marcação a mercado, que atualiza diariamente o valor do título pela diferença entre a taxa de juro do momento e a de emissão do papel.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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