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Aventura por águas amazônicas

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A floresta amazônica é o Paraíso para quem gosta de aventuras. Tanto na água quanto em terra, tudo pode se transformar em adrenalina, de um instante para o outro. Foi de olho nas pessoas que gostam de se arriscar, além do limite do seguro, que o paulista Juliano Macanoni de Moraes criou há quase quatro anos, a agência Kayak Adventure, especializada em turismo de aventura dentro de um caiaque.

“Existe uma diferença entre o turismo de aventura e o ecoturismo. No primeiro caso a pessoa vai atrás, lógico, de aventura, de enfrentar o desconhecido. E chega a ser um esporte devido o esforço físico. Já no ecoturismo a pessoa conhece a floresta, faz trilhas e atividades ecológicas e amenas”, explicou.

Nesse tempo de existência as aventuras da Kayak aconteceram em igarapés, lagos e rios da região metropolitana de Manaus, como Rio Preto da Eva e Presidente Figueiredo. “O interessante do caiaque é que quando você entra nele, não tem volta. Tem que ir até o fim do passeio. No trajeto podem aparecer árvores caídas, e existem trechos que é preciso sair da água e andar pela floresta, carregando o caiaque, até chegar na água, novamente”, contou.

Juliano criou várias expedições, para lugares bem diferentes, mas todas com muita adrenalina. “Alguns só fazemos nas cheias, outros nas vazantes, outros ainda o ano inteiro”, adiantou.

A expedição Anaconda é feita no lago Tarumã, uma parte onde o rio homônimo fica mais largo, e segue até os flutuantes existentes nas margens do rio. Se afastando um pouco na região urbana de Manaus, tem a expedição Paricatuba, com mais ou menos, 4,5 km seguindo pelo rio Negro até a comunidade do Paricatuba, onde está localizado o prédio em ruínas onde um dia, há mais de um século, funcionou uma escola e depois um ‘hospital’ para hansenianos. “Aí tem até um pouco de história porque vamos contar fatos curiosos sobre o prédio”, falou.

“A expedição Lago Janauari é a que eu considero uma das melhores, principalmente para quem está começando nas aventuras sobre um caiaque. O lago é tranquilo, mas o passeio fica ainda melhor porque entramos no igapó onde as mais diversas espécies de animais podem ser vistas, nas árvores: aves, preguiças, macacos; na terra: pequenos roedores; e na água: peixes. Depois vamos até a Janauarilândia, e em seguida para o lago das vitórias régias”, detalhou.

No Rio Preto da Eva são duas as expedições: a Rio Preto Explorer I e a Rio Preto Explorer II. “A I são 14 km descendo o rio Preto até o balneário, e a II são 20 km continuando a partir da ponte”, lembrou.

Qualquer pessoa

A expedição Galo da Serra é realizada em Presidente Figueiredo. “Saímos das corredeiras do Urubuí e vamos até a ponte do km 91, chegando ao rio Urubu. Figueiredo é um lugar fantástico para se andar de caiaque, e ainda existem muitos lugares para serem mapeados. São centenas, talvez milhares de igarapés, inexplorados e de difícil acesso pelo meio da floresta”, exultou.

“Nesses anos de experiência, posso garantir que nossos passeios não oferecem perigo, mas mesmo assim precisamos ter todo o cuidado, porque estamos na água, muitas vezes em locais e situações difíceis. Organizo as expedições sempre pela manhã, porque à tarde, podemos demorar um pouco mais e a noite chegar. Uma vez uma turista insistiu em querer ir à tarde. Fomos. Ela e mais duas amigas. Caiu uma tempestade. O tempo fechou com raios e trovões. Tivemos que ir pra terra, uma árvore desabou. A turista ficou apavorada. Mas não havia perigo. Apenas uma aventura ao extremo. Só saímos de terra às 19h, quando a chuva parou. Possivelmente essa turista nunca mais vai querer fazer a expedição, mas turismo de aventura é isso”, afirmou. “Qualquer pessoa pode fazer um passeio desses, desde que tenha algum condicionamento físico. Formo grupos de no mínimo seis e no máximo doze pessoas. Esse é o grupo ideal para se trabalhar, até porque, sempre podemos dividir em três as formas de agir do grupo: um terço obedece todas as instruções que damos; outro terço são os ‘corajosos’, que acham que sabem de tudo e querem agir sozinhos. Precisamos ficar de olho neles; e o último terço são aqueles que não sabem remar, se perdem no caminho, dão um pouquinho mais de trabalho. Também precisamos dar uma atenção especial a esse grupo”, riu.

Próxima expedição

“E as nossas corredeiras são classificadas como nível 1, algumas com nível 2, ou seja, o risco de andar nelas é mínimo. Eu vou em todas as expedições acompanhado de dois staffs, e as pessoas obrigatoriamente usam capacete e colete, além de assinarem um seguro de vida. Eu e os staffs nos comunicamos permanentemente através de rádios comunicadores para ter a certeza de que o grupo está coeso”, afirmou. “Levamos muita água e frutas para lanche”, completou.

No próximo final de semana, dias 13 ou 14 (sábado e domingo), Juliano pretende realizar mais uma expedição, a Tarumã Açu Adventure. “Vamos de carro, pela BR 174, até um local onde embarcamos nos caiaques e descemos 8,5 km pelo Tarumã, até o balneário do Pau Rosa. Já estamos formando o grupo. Nossas expedições não têm um dia fixo na semana para acontecer. Marcamos nos finais de semana, e feriados, e quando o grupo fecha, vamos”, lembrou.Os interessados em se aventurar nas águas amazônicas, podem entrar em contato com Juliano através do: (92) 9 9270-1514; Face: Kayak Adventure; Instagram: @kayakadventureamazonia.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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