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Arthur dá 60 dias para Manaus Ambiental

Em entrevista coletiva no Palácio Rio Branco, o prefeito Arthur Neto (PSDB) divulgou nesta quarta-feira (27) o ofício que pode servir como documento para o fim do contrato com a concessionária Manaus Ambiental que administra a captação e distribuição de água para a cidade. A notificação assinada hoje, dá 15 dias para que a Manaus Ambiental comece a mostrar resultados satisfatórios que honrem os contratos firmados com a cidade, se em 60 dias a comissão formada para fiscalizar o que for relatado, não encontrar melhorias, o contrato pode ser rompido.
A coletiva foi quase toda pautada pelas falas do prefeito e abordou temas como abastecimento, captação e esgoto. Arthur ia de irritadiço a irônico sem perder a seriedade.
“Se a concessionária não consegue tomar conta do serviço, então não tomará. A comissão será a forma mais eficaz de se caracterizar essas falhas. Não será nada arbitrário ou ilegal. Estão avisados. Não cumpriram. Então saiam”.
Arthur ressaltou a relação civilizada da prefeitura e do Governo do Estado na questão do abastecimento de água “essa união é necessária, percebemos como é bom para a cidade termos respostas claras e transparentes. Iremos combater esses erros dos governos passados, sejam municipais ou federais” disse.
O presidente da Arsam (Agência Reguladora de Serviços Concedidos do Amazonas), Fábio Augusto Alho concorda, “É bom para o poder público municipal assumir, realizando e divulgando dados concretos. O contrato com a atual concessionária vai até 2045, se houver quebra de contrato, qualquer licitação será demorada e a prefeitura deve intervir com urgência”.
Sobre os rompimentos repetidos de adutoras na cidade, Arthur comenta: “a concessionária é reincidente e deve ser punida de forma mais dura, pagando as indenizações devidas, de danos morais e outros. Aplicaremos todas as multas. O tempo de brincadeira acabou. Vou fechar espaços. Que se retirem daqui ou operem agora o milagre de fazer o que não foi feito em tanto tempo”.
Depois de muito se abordar o abastecimento e a distribuição, Arthur falou sobre outro ponto importante, a captação da água: “a Ponta do Ismael não é suficiente. Se eles (Manaus Ambiental) têm o foco no Polo Industrial que comecem uma nova forma de captação. Vamos investir no Proama (Programa Água para Manaus) que é uma idéia conjunta do Estado e do município, para a população. A concessionária sugeriu a impermeabilização das rachaduras existentes nas unidades do Proama, mas com uma demora enorme depois do aparecimento das rachaduras. Parecia ser seu primeiro ato de boa vontade. Não me convenceu”.

Vazamento de óleo

Sobre o acidente desta terça feira (26) em que produto asfáltico foi derramado no Rio Negro após um acidente próximo a área de captação Arthur explica “a população vem consumindo uma água impura, os lençóis freáticos estão em baixa, não podemos mais incentivar a abertura de poços artesianos, uma nova frente de captação deve ser aberta”.
Arthur diz ver duas hipóteses para o descaso da concessionária. “A primeira seria a capitalização de verbas em Manaus para, só depois, investir o dinheiro da cidade na própria cidade. A segunda, seria esperar até 2020 para repactuar o contrato, afrouxando regras, isso não irá acontecer”.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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