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Appio diz que o país precisa de investimentos para igualar diferentes brasis

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Mantendo o comando da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), até segunda ordem, o superintendente da autarquia, Appio Tolentino,  em entrevista ao Jornal do Commercio, na tarde de ontem, falou sobre as expectativas em torno da mudança dentro do planejamento do atual governo e sobre a importância de reforçar mecanismos para manter o modelo e seus incentivos.

De acordo com Appio, para pensar em competitividade é preciso dotar o país de alguns instrumentos para que ele possa atingir o mesmo tipo de condições da indústria estrangeira. E o principal olhar é para a infraestrutura logística. “Basicamente, nós temos o nosso transporte rodoviário, que é caro. Aqui no Norte não temos nada de linhas férreas. Nós não temos estradas. Nós sequer temos portos públicos alfandegados para utilizamos outras rotas para movimentação das mercadorias. Nós temos um rio, mas um rio que precisa ser trafegável o ano inteiro”, pontuou. Ainda segundo Appio, a mão de obra qualificada e a tecnologia surgem também como entraves para que o Brasil atinja o mesmo nível de desenvolvimento. “Precisamos investir na indústria 4.0. Não podemos fugir disso”.  

Para Appio é preciso criar mecanismos de sobrevivência e de reestruturação para que  a Zona Franca de Manaus tenha vida longa. “Se não tiver esse olhar, ela terá um prazo. E pior, nunca será possível viver sem os incentivos fiscais. “Esperamos do atual governo estrada, balizamento dos rios, sem pedral, para que possamos trabalhar entreposto com o estado de Goiás, para fazer as distribuições dos nossos produtos”, citou o superintendente. Lembrando que mudanças todos querem, mas que estas não podem ser mal planejadas.

O revés no polo de concentrados de refrigerantes em 2018, com a redução de créditos tributários no setor também preocupa Appio Tolentino. Empresas que segundo ele empregam muita gente. Na avaliação do superintendente é preciso proteger os incentivos fiscais e pensar na questão da segurança jurídica. “Se o setor de concentrados foi afetado, quem garante que outros polos não tenham o seu incentivo retirado?  Precisamos entender que somos os maior arrecadador da Amazônia Legal e Ocidental”.

Sobre a matriz econômica do estado, Tolentino citou que é a favor da exploração mineral sem barragem e com controle ambiental. “Sou a favor da exploração com a mineração fina, aproveitando o que resta dos resíduos. Após a exploração, que tenha um programa de revitalização ambiental efetivamente cobrado. Na questão agrícola, nós temos aqui potássio. Podemos importar o fosfato do Peru, podemos fabricar o NPK para ganhar a fatia desse mercado nacional, incrementando a nossa produção agrícola. Nós temos muitas áreas que deixaram de ser florestas originais,  pode-se plantar nessas áreas. Precisamos aumentar a matriz econômica do Estado não dá para viver só de PIM”, frisou.

Sobre o aniversário da Suframa, no próximo dia 28, ele comemora, apresentando o bom desempenho no faturamento de 2018, de R$ 85,7 bilhões, representando um crescimento de 13,90% em relação a 2017, quando o PIM acumulou R$ 75,2 bilhões.

Apesar da mão de obra ter apresentado a marca de 87.596  mil trabalhadores, entre efetivos, temporários e terceirizados. O número 0,68% menor que o mês de outubro 88.208 e 2,76% inferior que o registrado em novembro de 2017 ( 90.083), Appio prevê um ano de maior retomada. “Se as medidas econômicas forem tomadas e se o empresário acreditar que a Zona Franca é estável, e têm regras seguras e tem segurança jurídica, as nossas estimativas é que vamos superar em 2014 excelente desempenho em 2019

Appio enfatizou que é necessário manter os incentivos fiscais e que espera que a nova equipe saiba dar continuidade. Ele destacou que o projeto Zona Franca vai além do simples crescimento econômico. E que o estado possui uma área de desenvolvimento regional muito mais abrangente.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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