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Anglo American aposta no crescimento do mercado

O mercado de níquel ainda pode gerar dois ou três ciclos de projetos para o setor no Brasil, mesmo com a queda do preço do metal. De acordo com estudos geológicos publicados pelo “Mining Journal”, o país tem potencial para cerca de 17 milhões de toneladas de níquel contido nos recursos minerais, volume comparável aos de paí­ses como Rússia e Austrália. Essa é a aposta da Anglo American, que terá um aumento de 36 mil toneladas anuais a partir de 2007, com a implementação do Projeto Barro Alto.

“Hoje, a participação da Anglo American no Brasil é de 25% da produção de níquel. Com o crescimento da produção do minério no país, daqui a cinco anos, nossa expectativa é aumentar para 30% de partici­pação de mercado, sendo que a previsão é atingirmos a liderança brasileira com 45% até 2018”, afirmou Paulo Castellari, diretor comercial e de desen­volvimento de Negócios da Anglo American Brasil.
Cerca de 65% a 70% da produção de níquel é hoje empregada para a fabricação de aço inoxidável, sendo o restante utilizado para a confecção de baterias, catalisadores e outras ligas. Existem diversas formulações para o aço inoxidável (todas com alguma combinação de ferro, níquel, cromo, molibidênio e outras ligas), que podem ser organizadas em dois grandes grupos: os aços inoxidáveis austeníticos (série 3), com cerca de 8% de níquel contido, e os aços inoxidáveis ferríticos (série 2), com aproximadamente de 1% a 3% de níquel contido.
De acordo com Paulo Castellari, o mercado de níquel so­freu muitas alterações nos últimos quatro anos, sendo que, a partir de 2000, se tornou­ mais evidente o aumento de investimentos na produção de commodities incluindo o próprio níquel.

Nos últimos três anos, este mercado teve um déficit de 30 a 40 mil toneladas e o valor do níquel subiu até atingir o valor de US$ 50 mil/tonelada.

“É o maior valor histórico –em termos nominais e do preço do níquel nos últimos 50 anos. Há cerca de dois meses, o valor da tonelada do níquel baixou para uma faixa de US$ 25 mil e, mais recentemente, chegou a cerca de US$ 30 mil. Mesmo assim, este é um valor em que é possível operar e de­senvolver novos projetos”, explicou o diretor.

Participação nos custos

O níquel, que sempre teve uma grande participação nos custos do aço inox –historicamente de 27% a 30% dos custos­ totais diretos– passou a ter um peso ainda maior com o aumento do preço da commodity nos mercados internacionais, o que levou muitos produtores a buscarem formulações de aço inox que levassem menos níquel. “Nosso grande desafio é a intensidade do uso, ou seja, o quanto de níquel vem sendo utilizado em aço inox, que vem caindo”, afirmou Castellari.

“Existem aplicações que exigem certas formulações, que contêm maiores teores de níquel, e esta fatia de mercado, que pode chegar em cerca de 50%, não pode ser facilmente substituída por outras matérias-primas”, completou o diretor.

Mesmo com o movimento de ajuste de preços, o setor é bastante atrativo –daí os novos investimentos neste mercado. “Deve-se sempre avaliar as for­ças ‘físicas’ –oferta e demanda– e as forças ‘financeiras’ –o mercado de commodities ganhou atenção nos últimos anos e, consequentemente, in­­­teresse por investidores ao redor do mundo. Olhando as forcas ‘físicas’, o mercado ainda é muito promissor. Muitos peritos do segmento ainda acre­­­ditam em um ‘super ciclo’”, observou Castellari.

Futuro mundial

O crescimento do mercado mundial de níquel é de 4% a 6% e deve-se entender as formulações que serão consumidas e enxergar mercado com muito potencial.

Segundo a Anglo Ameri­can, ainda existe bastante espaço para crescimento de demanda, uma vez que o consumo per capita de níquel por ano em países desenvolvidos ainda é muito superior àquele observado nas economias emergentes. “Na Europa, o consumo de aço inox per capita por ano é de cerca de 13-15 kg; no Brasil, é de 1,5 kg; na China, atinge 4,5 kg ou 5 kg e na Índia, também é de 1,5 kg. Tudo nos leva a crer que p

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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