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Amazonas tranquiliza a população após notificar caso de subvariante de coronavírus

 

O Amazonas já faz parte do ranking de Estados brasileiros que registraram a circulação de uma subvariante da Ômicron, do coronavírus. A BQ.1 foi detectada em uma pessoa que esteve em Portugal, segundo informou a FVS-RCP (Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto), que monitora a doença na região.

Além do Amazonas, a nova cepa foi registrada no Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro. O novo vírus chama a atenção de especialistas por estar associado a um recente aumento nos casos de Covid-19 na Europa e na América do Norte, segundo estatísticas oficiais.

O Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) identificou a infecção no Estado após o sequenciamento do micro-organismo. O procedimento aconteceu no dia 20 de outubro. O caso importado foi diagnosticado em um paciente que mora em Manaus. Ele está isolado e sendo monitorado por uma equipe da FVS-RCP, de acordo com as últimas informações divulgadas sobre a ocorrência.

A Vigilância Sanitária tranquiliza, porém, a população amazonense. “Não há impacto nas redes pública e privada devido à identificação da subvariante BQ1, subvariante da Ômicron e a rede de saúde segue preparada para atender casos suspeitos de Covid-19”, garantiu o órgão de saúde.

No entanto, até ontem, não foram identificados novos casos de Covid-19 com a presença da subvariante BQ1. Na segunda-feira (7), as Secretarias de Saúde dos Estados do Espírito Santo e de São Paulo também confirmaram casos da subvariante ômicron do coronavírus.

No sábado (5), a nova variante da Covid-19 foi identificada no Rio de Janeiro (capital) por meio de sequenciamento genético. Na sexta-feira (4), o Rio Grande do Sul confirmou a detecção da subvariante através do sequenciamento genômico realizado pela equipe de vigilância genômica do Estado.

A BQ.1 é derivada da variante Ômicron do novo coronavírus, causador da pandemia de Covid-19. Os sintomas continuam sendo dor de cabeça, tosse, febre, dor de garganta, cansaço, perda de olfato e paladar para a maioria dos pacientes, conforme notificou a Sociedade Brasileira de Infectologia, 

Peculiaridades

A médica infectologista Ana Galdina fala sobre as peculiaridades da nova cepa. “Ao contrário daquele coronavírus que tinha uma predileção por vias aéreas baixas, essas cepas, em especial a ômicron e seus derivados, elas têm uma predileção pelas vias aéreas altas. Eles entram e se alojam nas narinas”, disse. “Então, dá aquela dor de garganta, aquela tosse, congestão nasal, é um quadro muito semelhante à gripe”, acrescentou a especialista.

O médico veterinário Saulo Albuquerque contraiu a doença mesmo tendo tomado três doses da vacina contra a Covid-19. Ontem, ele suspendeu o atendimento em sua clínica na Cidade Nova, zona Norte de Manaus.

“Estou com muita coriza. A dor de cabeça é intensa”, disse. “Não tenho disposição para nada. É muito cansaço. Não quero fazer nada. Só ficar quieto, de molho”, afirmou o veterinário.

De acordo com especialistas, a característica principal que difere a subvariante de outras cepas é um escape maior da proteção das vacinas. Mesmo que o esquema vacinal esteja completo, as pessoas podem ser infectadas pela nova variante. 

A médica Ana Galdina lembra que as vacinas, hoje disponibilizadas no mercado nacional e internacional, não combatem todas as variantes do coronavírus.

“Os imunizantes foram feitos para aquelas primeiras cepas que tinham essa predileção pelas vias aéreas baixas, as cepas nativas. Mas as novas escapam da vacinação porque aquela vacina, digamos, não foi programada para combatê-las”, afirmou. Por mais que estejamos com as doses em dia, essas cepas têm um escape vacinal maior. Você se protegeu da cepa mais agressiva, mas não vai te impedir de contrair essa nova doença ainda de uma forma mais leve”, explicou ela.

As autoridades de saúde recomendam os mesmos cuidados adotados durante a pandemia. Estar com as vacinas em dia, incluindo as duas doses de reforço. E ainda manter o corpo sempre muito bem higienizado, evitando aglomerações em público.  O uso de máscara e álcool em gel reforça ainda mais a proteção.

Por MARCELO PERES

Face: @marcelo.peres   Instagram: @jcommercio

Marcelo Peres

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