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Amazonas imune à crise diplomática

O Amazonas saiu ileso nas relações comerciais com os EUA (Estados Unidos da América), apesar do escândalo de espionagem sobre o Brasil ter estremecido a relação diplomática bilateral. De acordo com a Câmara de Comércio Estados Unidos da América no Amazonas, tal fato não afetou nem deverá criar problemas comerciais entre os dois países por ser uma atividade secular. Segundo o Cieam (Centro das Indústrias do Estado do Amazonas), esse assunto pouco interfere nas indústrias multinacionais. Já a Amazonastur reforçou que os turistas norteamericanos devem continuar em primeiro lugar na preferência pelo turismo ecológico do Amazonas. O setor receberá investimento de R$ 317 milhões até 2014.

Câmara de Comércio

Para o presidente da Câmara de Comércio Estados Unidos da América no Amazonas, Kleber Damasceno Góes, as relações comerciais não devem ser afetadas no Estado e nem no Brasil. “Eu acredito que não vai haver nenhum problema, até porque este assunto, espionagem, há séculos vem acontecendo em diversos países sem interferir nas relações comerciais”, disse.
Kleber Góes concluiu afirmando que nas relações diplomáticas, na parte de política interna, houve repercussão com várias opiniões a respeito, “mas que não deve criar nenhum empecilho comercial entre os dois países”.
A Câmara Americana no Amazonas representa os interesses do EUA, valorizando a livre iniciativa e a realização de negócios entre os vários setores da sociedade. Vem trabalhando para influenciar políticas públicas e garantir um ambiente propício ao desenvolvimento das empresas industriais, comerciais e de serviços. Também prioriza e incentiva a formação de uma rede de relacionamento entre profissionais de todos os segmentos econômicos e sociais no Estado.

PIM sem política

De acordo com presidente do Cieam, Wilson Périco, a questão da espionagem pouco interfere nas operações das indústrias, principalmente nas multinacionais instaladas ao redor do mundo. “Essa é uma questão muito mais a nível político econômico”, avalia.
Périco lançou uma questão emblemática para o desenvolvimento econômico do PIM (Polo Industrial de Manaus) que, segundo ele, estagnou. “Se eles descobrirem alguma questão da política industrial, eu queria saber. Seria bom se eles tivessem visto alguma novidade sobre a nossa política industrial, porque até agora não temos nada”, ironizou o dirigente.
Balança comercial
O Amazonas importou US$ 761,4 milhões dos Estados Unidos no período de janeiro a julho deste ano. Uma redução de -7,73% na comparação com US$ 825.2 milhões registrados no mesmo período de 2012. Na exportação, o Estado contabilizou US$ 32,6 milhões, o que equivale a um aumento de 28,77% em relação ao montante de US$ 25,3 milhões exportados para o Estados Unidos no período de janeiro a julho do ano passado.
No resultado da balança comercial entre Amazonas e Estados Unidos, a importação ficou superior 2.336,5% em relação a exportação no acumulado até julho de 2013, segundo dados extraídos do site do Mdic (Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior).

Turismo

Com vocação para o turismo ecológico, o Amazonas recebe um grande fluxo de turistas vindos dos Estados Unidos. Segundo a Amazonastur (Empresa Estadual de Turismo do Amazonas) o fato da espionagem não alterou essa estatística. Em Manaus, foram elencados 15 pontos históricos e naturais no levantamento do Ministério do Turismo para definição de um calendário de visitação no país para a Copa.
Entre os pontos estão a Praça Heliodoro Balbi (da Polícia), o Teatro Amazonas, o Palácio da Justiça, o Palácio Rio Negro, o Centro Cultural Eduardo Ribeiro, o Encontro das Águas, a Igreja da Matriz Nossa Senhora da Conceição. Esses locais também devem receber investimentos do Ministério do Planejamento para melhorias na infraestrutura.
Os investimentos do setor privado em infraestrutura hoteleira devem atingir a marca de R$ 317 milhões até 2014. A rede hoteleira de Manaus, conta com 20 hotéis de selva e barcos hotéis responsáveis por cerca de 11 mil leitos para hóspedes, de acordo com estimativa da Amazonastur.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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