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Amazonas aguarda 21 navios esse ano, com projeção de R$ 38 milhões na economia local

Andreia Leite

Instagram: @andreia-leite  Face: @jcommercio

O turismo foi um dos setores mais afetados durante a pandemia. Quando avalia-se o segmento receptivo no Amazonas, o cenário foi ainda mais adverso, dado que o Estado foi um dos epicentros da Covid. E um dos fomentadores aliados desse mercado são os cruzeiros que, após dois anos, devem voltar com força total para a temporada deste ano.  

Conforme a Manauscult, a temporada de 2022 está prevista para o mês de novembro e termina em maio de 2023. Cerca  de 21 navios estão programados para aportar na capital com uma demanda estimada em 25 mil turistas estrangeiros. 

A diretora de turismo da Manauscult, Oreni Braga, enfatizou que o setor segue com grandes expectativas, pois a temporada de cruzeiros é um dos impulsos mais importantes para a economia local, pois movimenta a cadeia produtiva, sobretudo diante da flexibilização dos protocolos a partir da Covid 19. “Foram dois anos sem a temporada e a previsão desse quantitativo que deve chegar a cidade traz um grande ânimo para o setor. Aquece a economia, movimenta toda uma cadeia de prestadores de serviço do turismo o que impactam no faturamento médio de R$ 38 milhões”. 

Diante disso, ela reiterou que o impulso do setor de cruzeiros traz um alento para o trade turístico. Serão 43 navios que o Brasil terá nesta temporada entre navios internacionais e de cabotagem e Manaus é a cidade que mais recebe navios oriundos de destinos internacionais. “A procura por Manaus é muito grande e sem dúvida é muito importante como um sinal da retomada do turismo na nossa cidade”. 

A última temporada, em virtude da pandemia de Covid-19, foi cancelada por meio de decreto governamental em março de 2020. Dados da Amazonastur apontam que na última temporada, o segmento de navios e cruzeiros trouxe um incremento de R$ 10 milhões de reais para o Amazonas. 

O gasto médio do fluxo desse período em Manaus, gira em torno de R$ 250,00 reais/dia, além do abastecimento dos navios de alimentos, água e combustível, que resulta no incremento de R$ 30 milhões de reais, em apenas 6 meses de temporada. 

Em março, a Portaria  publicada pelo Ministério da Saúde autorizou a retomada da temporada de cruzeiros nacionais 2021/2022, em todo o país, contudo, não houve autorização para enquadrar  os cruzeiros que operam no Amazonas.

À época, a diretora de turismo da Manauscult, Oreni Braga, afirmou ainda que para a temporada 2022/2023 já haviam dez navios confirmados com 14 chegadas e partidas, aguardando apenas autorização do governo federal. 

Otimismo

Conforme informações do portal G1 de Notícias, a CLIA Brasil ( Associação Brasileira de Navios de Cruzeiros), estima que a temporada de cruzeiros 2022/2023 promete ser a maior dos últimos 10 anos. A previsão é de que 35 navios realizem as viagens ao longo de seis meses, entre 29 de outubro a 20 de abril. 

Entre 7 de outubro deste ano e 17 de maio de 2023, 35 navios de longo curso farão 309 paradas. Elas acontecerão em 45 cidades de 15 estados brasileiros, como Amazonas, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul.

O presidente da CLIA Brasil, Marco Ferraz, disse, em nota, que as expectativas não poderiam ser melhores para esta temporada, que será a maior da última década. “O cenário que vemos atualmente no hemisfério norte é animador, tanto no sucesso e segurança das viagens, quanto na demanda reprimida se convertendo em vendas, e isso reflete positivamente no Brasil”.

Debate

A retomada de cruzeiros no pós-pandemia apresentando no debate pela Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado,mostrou que antes da pandemia, o segmento de navios e cruzeiros apresentava uma das maiores taxas de crescimento no turismo mundial. Em 2018, 28,5 milhões de viajantes desfrutaram dessa modalidade de turismo, de acordo com a Associação Internacional de Cruzeiros. Já em 2019, esse número ultrapassou os 30 milhões de passageiros, com geração de receitas superiores a US$154 bilhões. A participação do Brasil, embora discreta, era muito significativa para a atividade turística no país. O presidente da comissão, senador Fernando Collor, do PTB de Alagoas, lembrou que a temporada de cruzeiros foi retomada em março.

Segundo o “Estudo de Perfil e Impactos Econômicos de Cruzeiros Marítimos no Brasil”, da temporada de novembro de 2019 a março de 2020, publicado pela Fundação Getúlio Vargas, os oito navios que operaram na costa brasileira naquele período transportaram aproximadamente 470 mil viajantes. Naqueles cinco meses, que correspondem praticamente ao verão no Hemisfério Sul, o setor gerou 33 mil empregos, R$296 milhões em tributos e R$2,24 bilhões em receitas. Estima-se que cada R$1 investido no setor movimentou R$4,63 na economia nacional. O presidente da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos, Marco Ferraz, destacou o impacto econômico da nova temporada.

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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