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Alta do IOF deve impactar setor produtivo

Na quinta-feira, 7, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou mais uma medida para tentar conter a demanda por crédito. Desta vez, a estratégia foi aumentar os juros em cima do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). O foco abrangerá todas as modalidades de créditos, porém o governo poderia limitar para alguns tipos de empréstimos. Esta foi a avaliação do economista à frente do Corecon/AM (Conselho Regional de Economia do Estado do Amazonas), Erivaldo Lopes.
Para o presidente da entidade, a medida vai prejudicar o setor produtivo, visto que muitas empresas contraem empréstimos para investimentos dentro da própria área fabril. “O governo poderia ter colocado a medida como restrição apenas nas compras em automóveis ou em eletrônicos, por exemplo”, disse.
Esta nova fase vivida pela economia brasileira, segundo Lopes, é um reflexo das ações da era Lula. Para o economista, a sociedade foi levada a acreditar que a nossa economia era a melhor do mundo. “Muita gente estimulada por esse pensamento foi incentivada a comprar”, comentou.
O novo IOF, para empréstimos de pessoas físicas, que antes era de 1,5%, passa para 3%. Apesar de alguns economistas acharem a medida um tanto quanto desesperada, visto que o comunicado da esfera federal veio logo após uma sucessão de outras decisões que incidiam no crédito, há quem ache a estratégia adequada.
Lopes e o presidente da Fecomércio/AM (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Amazonas), José Roberto Tadros, avaliam que a decisão divulgada na quinta-feira foi correta, apesar de frear o consumo no Brasil. “A medida é certa e oportuna enquanto houver um temor de inflação”, comentou Tadros.
Na sexta-feira, 8, o ex-ministro Mailson da Nóbrega disparou em Brasília, durante um evento econômico, farpas contra a estratégia de Mantega, afirmando que o governo federal reage de forma improvisada no controle da inflação. Pouco tempo depois, o atual ministro rebateu e disse que não há improviso nas decisões.

Cartão de crédito

Ainda neste mesmo dia, a Receita Federal em Brasília esclareceu uma questão importante para o consumidor final que utiliza o cartão de crédito. O aumento no juro só será cobrado pelos bancos quando todo saldo devedor não for quitado pelos clientes. Isto é um alerta para que aquele consumidor pagante entre o mínimo e o máximo da prestação do cartão esteja mais atendo e contido na hora de se endividar. O melhor mesmo será pagar toda a fatura e evitar os parcelamentos do parcelamento para não entrar na malha dos inadimplentes.
Só no primeiro trimestre de 2011, o Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor mostrou crescimento de 21,4% em relação ao mesmo período do ano passado. O número foi um pouco acima do verificado durante o trimestre seguinte de 2010 – com subida de 20,3% em comparação a mesma época de 2009.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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