Identificar as culturas e plantas extrativas da Amazônia que podem ser utilizadas na produção de agroenergia e a partir daí verificar as demandas e resultados de pesquisa, a fim de estabelecer novos direcionamentos que possam promover a produção sustentável de biodiesel e etanol no bioma Amazônia. O assunto foi tema de uma reunião técnica sobre Agroenergia na região, iniciada ontem no Hotel líder pela Embrapa Amazônia Ocidental (Amazonas) e que prossegue no dia de hoje.
O evento conta com a participação da diretora-executiva da Embrapa, Tatiana Deane de Abreu Sá, e de representantes de 11 unidades da Empresa, inclusive da recém-criada Embrapa Agroenergia, para discutirem a construção de uma Agenda de Pesquisa, Desenvolvimento, Inovação e Transferência de Tecnologia em Agroenergia para a Amazônia Legal.
A Embrapa quer ainda integrar as unidades de pesquisa da Amazônia e de outras regiões em torno da execução de projetos e ações de pesquisa,desenvolvimento e inovação em atendimento às demandas em agroenergia. No final das discussões será definido o posicionamento da Embrapa quanto ao tema na Amazônia.
De acordo com a direção do órgão, a agroenergia baseia-se no aproveitamento de matérias-primas agropecuárias para produção de energia renovável. Esse tipo de energia contribui significativamente para o progresso do país porque acelera o desenvolvimento regional, leva em conta a inclusão social de agricultores familiares e gera empregos e distribuição de renda.
A agroenergia é composta por quatro grandes grupos: álcool e a co-geração de energia provenientes da cana-de-açúcar;biodiesel de fontes animais e vegetais; biomassa florestal e seus resíduos; e dejetos agropecuários e da agroindústria.
O mundo inteiro está preocupado com o fim do petróleo na Terra. Pesquisadores dizem que daqui a 44 anos, por volta do ano 2050 ninguém mais vai achar petróleo, o combustível que hoje faz andar a maioria dos veículos. O Brasil é pioneiro em transformar as lavouras de cana-de-açúcar em álcool combustível, o etanol.
Embrapa diz que país é pioneiro na fabricação de carros “flex”, que rodam com gasolina e álcool
Segundo a Embrapa, o país é também pioneiro na fabricação de carros “flex”, que rodam com gasolina e álcool. Segundo o órgão, não é por acaso que tantos governantes de diferentes países começam a olhar para o Brasil com mais respeito e admiração, pois está à frente de muitas nações nos resultados de pesquisas com plantas que podem ser transformadas em biodiesel.
É o caso do dendê, da soja, do girassol, da canola, do amendoim, do algodão, do coco e de tantos outros cultivos eresíduos agrícolas que a Embrapa vem trabalhando há muito tempo e que estão sendo discutidos na reunião técnica.
Por meio das discussões que envolverá os representantes das Unidades daEmbrapa na Região Norte: Amazônia Ocidental (Amazonas), Amazônia Oriental (Pará), Acre, Roraima, Rondônia e Amapá, além das Unidades da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Sergipe), Embrapa Solos (Rio de Janeiro), EmbrapaFlorestas (Paraná), Embrapa Transferência de Tecnologia, Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento e da Assessoria de Inovação Tecnológica(Brasília-DF), será construída a agenda de atuação integrada da Embrapano tema agroenergia na Amazônia.
Experiências pioneiras
No Amazonas, duas experiências deram certo e já estão sendo implantadas com sucesso: o biodiesel de dendê e as florestas energéticas. No primeiro caso, a Embrapa fez uma parceria com o Instituto Militar de Engenharia está produzindo biodieselde dendê no Campo Experimental do Rio Urubu, no município de Rio Preto daEva (distante 80 km de Manaus.
As pesquisas com a cultura do dendê são bastante consistentes e datam de 1980. Pesquisas desenvolvidas pela Embrapa, Amazônia Ocidental indicam que é possível produzir lenha de forma sustentável a partir de plantios homogêneos, diminuindo a pressão sobre as florestas nativas.
Parceria realizada
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