A constituição de empresas voltou a registrar novo aumento no Amazonas com a legalização de 4.345 pessoas jurídicas entre janeiro e outubro, praticamente 14,8% maior que as 3.785 obtidas no acumulado durante o mesmo período do ano passado. Os dados, divulgados pela Jucea (Junta Comercial do Estado do Amazonas), apontam para uma ampliação de 38% na oferta de trabalho no mercado da capital.
Frente aos resultados do mês de setembro com registro de 385, o estudo da Jucea apontou que outubro obteve o terceiro maior número de empresas constituídas dos dois últimos anos, com cerca de 489 registros. Além disso, o compasso da abertura de empreendimentos continua direcionado à capital amazonense, onde se concentraram mais de 82% do total de empresas constituídas frente ao número de interessados em atuar no interior do Estado.
O secretário-geral da Jucea, Edmilson Barbosa, disse que das constituições registradas durante o período, as que possuem maior relevância no impacto social e geração de novas frentes de trabalho em Manaus são as de natureza jurídicas ‘empresário’ e ‘sociedade limitada’, as quais juntas representam mais de 80% do total, sendo a maioria da categoria microempresa.
“Atualmente, a constituição das microempresas tem forte impacto na economia local, porque representam fontes de grande parte da oferta de trabalho na capital”, explicou o secretário-geral.
Números recordes
Com relação ao número de constituições, Edmilson Barbosa afirmou que a meta da Jucea é alcançar até dezembro um incremento superior a 15% em relação ao ano passado. O secretário-executivo explicou que, comparativamente ao mesmo intervalo dos últimos três anos, a soma de empresas constituídas nos dez primeiros meses deste ano já é recorde histórico absoluto no Amazonas. “Um detalhe que deve ser lembrado, é que a partir de julho deste ano, tivemos a aprovação da Lei Geral para pequena e microempresas, cujo pacote de facilidades para o empreendedor pode servir como patamar para esse aumento significativo de registros”, explicou o secretário-executivo.
O Amazonas também parece ter acompanhado o aumento da taxa de sobrevivência das empresas ativas em nível nacional, uma vez que registrou 76,3% nos dez primeiros meses deste ano, frente à média de 75,82% no mesmo intervalo de 2006. A média de sobrevivência no país, de acordo com o Sebrae Nacional (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), é de 78%.
Edmilson Barbosa frisou que a entidade está qualificando processos e procedimentos internos a fim de conquistar a certificação NBR-9001 até março de 2008, o que a tornará a segunda Junta Comercial certificada no país, ampliando ainda mais as vantagens de se abrir empresas na capital amazonense .
Mudança para novo prédio em 2008
Edmilson Barbosa disse que, no projeto da certificação estão previstas a mudança para um novo prédio, cujo endereço não revelou, em meados de fevereiro do próximo ano, além da implantação de novos serviços on-line. “Alguns outros órgãos do Executivo estadual serão certificados conjuntamente com a Jucea, buscando sempre a excelência dos serviços. Se hoje fazemos a abertura de empresas em até 72 horas, com os investimentos destinados para a certificação teremos condições de baixar esse prazo possivelmente para 24 horas”, acrescentou.
Na opinião do secretário, desde julho, os empreendedores estão motivados pelo bom momento da economia formal no Estado, agora assegurada pelas vantagens que a adesão ao Supersimples representa para as pequenas e microempresas locais. “Os empreendedores já perceberam que a maioria das empresas já não se contenta com a simples nota fiscal avulsa de serviço e, para manter-se competitivo no mercado, é necessário se legalizar”, asseverou.
Entre os novos serviços que o cartório oficial planeja implantar a partir da certificação, está o registro eletrônico de empresários, onde qualquer ato docum