26 de julho de 2024
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Pacificação é ponto comum

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Fazia tempo que o cenário político brasileiro não enfrentava tanta turbulência. Depois de 1964, quando os militares assumiram o poder, houve praticamente calmaria, com exceção da repressão inicialmente desencadeada contra guerrilheiros que se insurgiram ao novo regime.

De lá para cá, os ânimos praticamente se acalmaram. Veio a redemocratização. Grandes vultos como Ulisses Guimarães e Tancredo Neves reacenderam as esperanças por um Brasil mais democrata. Mas, agora, parece que a pacificação está longe de ser retomada, deixando a população em completo clima de intranquilidade.

A almejada situação de paz que viria logo após o desfecho das últimas eleições está longe de acontecer. O que vemos é bolsonaristas e lulistas se digladiando, relegando a segundo plano a principal reivindicação dos brasileiros – o desenvolvimento econômico, mais geração de empregos, renda e maior igualdade social e na distribuição de riquezas.

Por que tanta fúria. O que se viu em Brasília foi um completo destempero. Destruir o patrimônio público é como se voltássemos aos tempos de barbáries na antiguidade, período em que se dominava o adversário ao toque de espadas, trazendo os espólios dos adversários dos derrotados. Roma foi próspera matando, amealhando mais riquezas com muita violência, além de estupros de mulheres e crianças.

Vivemos em outra época. O homem avançou tecnologicamente em muitos aspectos. Fomos à lula, já mandamos naves para outros planetas. E estamos experimentando novas corridas espaciais.

Em breve, quiçá estaremos vivendo sob a concepção de uma nova ordem no mundo. Porém, ainda não sabemos conviver pacificamente. Estamos longe ainda priorizar questões humanitárias, o respeito aos direitos, às desigualdades, preservando a vida de todos os atores da sociedade.

Esperamos que dias melhores venham. E que todos devem ter consciência, realmente, que somos personagens de um mundo que devem compartilhar dos mesmos  direitos e benefícios.

Nota abre Perfil

Amazônia também motivou atos

A metralhadora giratória do governo Lula está de olho em proprietários de negócios na Amazônia. Segundo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, parte dos manifestantes que participaram dos atos em Brasília tem empresas na região. E engrossaram a fileira da depredação de prédios motivados pelas restrições anunciadas a empreendimentos que movimentam, hoje, milhões (ou bilhões) de dólares em terras tão vastas. E, ter Marina turbinada de novo ao cargo, é esperar muita dureza. Ela é tão intransigente que não há praticamente nenhuma luz no fim do túnel para atração de novos investimentos se não forem seguidas (à risca) as condições de sustentabilidade.   

Quando se fala em Amazônia, o que primeiro vem à mente são as riquezas na superfície e no subterrâneo de um território continental, pertencente em sua maioria ao Brasil. Os países vizinhos são donos apenas de um pequeno quinhão (pode-se dizer assim) de áreas tão extensas, capazes de abrigar todos os países da Europa ou até mais. Portanto, não é à atoa que os olhos do mundo estão focados nessas terras que escondem milhares de tesouro. E que ainda não soubemos aproveitar, devidamente.

Mobilização

Enquanto isso, dois parlamentares do Amazonas (Débora Menezes) e Plínio Valério se mobilizam para tentar libertar amazonenses que participaram dos atos públicos em Brasília. O sentimento é que o governo Lula joga duro contra apoiadores de Bolsonaro que ainda estão inconformados com o resultado das últimas eleições. Os presos estariam passando por maus-tratos, comendo refeições inadequadas para o consumo. Essas pendengas políticas abrem precedentes para mais relatos falaciosos.

Reconhecimento

Claro, deve-se dar lugar à defesa ampla prevista no contraditório, como determina a Constituição Federal, aspectos que destoam das medidas emergenciais do governo Lula, segundo a deputada eleita Débora Menezes e o senador Plínio Valério, os dois partidários do ex-presidente Jair Bolsonaro. Aliás, Débora é filha de Alfredo Menezes, ex-superintendente da Suframa, e então candidato ao Senado nas últimas eleições, mas foi derrotado por Omar Aziz (PSD-AM), que se reelegeu para mais um mandato.

Condições

Pelo lado dos manifestantes presos em Brasília, três deles já recorreram à OAB-AM para a instituição conhecer de perto as condições onde estão detidos os que participaram dos atos na capital federal. Duas mulheres e um homem, não identificados até a sexta-feira (13), denunciaram a má qualidade da alimentação, alta temperatura no local, além do confinamento em espaços exíguos. Tantos relatos (se verdadeiros ou não) só fazem ainda mais acirrar a crise. Cabe checar a veracidade.

Prevenção

O governador do Amazonas, Wilson Lima (UB), reforça a vigilância em prédios públicos para a prevenção de eventuais atos que possam acabar em depredação, como aconteceu em Brasília, no segundo domingo de janeiro. As medidas estão sendo adotadas tanto em Manaus como nos municípios do interior do Estado, onde não se descarta a possibilidade de protestos com tamanha ferocidade e ódio. Na realidade, o que se vê é muito medo com um possível efeito dominó dos protestos violentos.

Prevenção 2

O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), também não faz por menos. Colocou a Guarda Municipal na defesa dos prédios públicos, reforçando as ações do governo estadual. Nos últimos dias, vemos agentes de segurança postados em locais estratégicos em ações preventivas. Por trás há todo um aparato tecnológico da infraestrutura do município e do Estado para coibir qualquer ato que possa ameaçar a ordem. Agora, o principal objetivo é conter ânimos, sem excessos, mas com rigor.

Enigmático

Por que algumas lideranças pró-Bolsonaro continuam tão enigmáticas quando se fala em depredação? E alguns procuram se distanciar da imagem do ex-presidente da República. Política é assim. Quando se está no poder, as vespas correm para se beneficiar do que proporcionam as lideranças. Ao término de tantas benesses, fogem para cantar em outras freguesias. São situações recorrentes, muito tradicionais em qualquer esfera da administração pública, seja ela municipal, estadual ou federal.

Fugindo

Bolsonaristas que engrossavam as fileiras do último governo também procuram se distanciar da figura do ex-ministro Anderson Torres, que está no fogo cruzado do governo Lula depois da descoberta de documento em sua casa, contendo um suposto plano para dar um golpe de Estado se o hoje presidente vencesse as eleições. A PF está em campo investigando o caso. E fala-se até em prender tanto ele como Bolsonaro, que estão nos Estados. E, inclusive, comentam até uma possível extradição dos dois.

Insensatez

Uma completa insensatez com a estátua de Tenreiro Aranha. O memorial foi completamente desconfigurado. Foi reformado (se isso, realmente, pode-se chamar de reforma ou completa descaracterização) com restauração que foge à sua originalidade. Mesmo que a intenção tenha sido das melhores possíveis, não se pode promover mudanças sem consultas a um especialista. O Amazonas tem uma equipe especial que atua nesses casos. Por que não se recorreu a eles? É a perguntar que não quer calar.

FRASES

“Estamos planejando concurso para 2024”.

Caio André (PSC), vereador, presidente da Câmara Municipal de Manaus.

“Atos tiveram participação de criminosos na Amazônia”.

Marina Silva, ministra, sobre atuação de grandes empresários e grileiros em Brasília.

Redação

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.

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