9 de dezembro de 2024

Um líder empresarial exemplar

A forte repercussão da morte, aos 95 anos, de Ruy Barreto mostrou que está muito forte nas forças vivas da sociedade o reconhecimento a grandes valores éticos, morais, cívicos da melhor tradição de uma elite nacional que por mais de uma vez salvou o Brasil.

Mais do que a exemplar dedicação por mais de sete décadas à Casa de Mauá, formador de gerações no apostolado do liberalismo econômico e das liberdades públicas, empresário correto e de sensibilidade social, Ruy deixou a marca do patriotismo como parte de sua vida empresarial, familiar e associativa. Mais do que um patriota, estudou a economia nacional e abraçou grandes causas.

O Rio de Janeiro, principalmente, deve a ele iniciativas relevantes em momentos delicados, como a questão do esvaziamento que ameaçava a então cidade-estado no pós-mudança da capital. Fui testemunha de suas iniciativas junto ao governador Negrão de Lima, sensibilizando a União a liberar projetos importantes para consolidar a economia ameaçada.

Ruy deixou este legado de espírito público acima de tudo, muito importante neste momento em que vivemos uma política nacional menor. E coincidiu estes fatores atuais com a gestão de José Antonio do Nascimento Brito, que refunda a ACRJ, após crise administrada com competência por sua antecessora, Ângela Costa. A representação empresarial independente será muito importante neste momento.

O Rio e o Brasil devem agradecer por Deus ter nos dado, durante tanto tempo, atuante, lúcido, o empresário estadista que partiu, mas deixou, pela Lei de Mendel, sua mensagem nas mãos do filho, que não apenas carrega o seu nome, mas também o sentimento da brasilidade.

Aristóteles Drummond

É jornalista e presidente da Associação Comercial do Estado do Rio de Janeiro

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