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Síndrome de brasileiro

Várias vezes foram feitas afirmações, de maneira formal ou mesmo na base da gozação, tentando colocar a moral do povo brasileiro na mais baixa das colocações do ranking em termos de autoestima. Já se falou em ser vira latas, ou imitador de americanos sempre buscando dar ao nosso povo uma conotação de inferioridade tanto em termos intelectuais quanto sociais.

No momento em que atravessamos um período difícil em termos mundiais, onde a pandemia veio entre outras coisas mostrar que o mundo está globalizadamente exposto e fragilizado, quando um vírus desconhecido simplesmente destrói em menos de meio ano a economia e o dia a dia de todo o planeta. Inevitavelmente as comparações acontecem neste período, quando os brasileiros que sonhavam com a vida em outras plagas se viram sem chão e sem teto, chorando para voltar ao velho país de onde não deveriam ter saído.

Faz bem pouco tempo que os europeus, liderados pelo presidente francês, sem conhecimento de causa e querendo ganhar status político, começou a usar a Amazônia como moeda de troca, ameaçando os acordos comerciais em função de políticas ambientais que, para eles, não são adequados. Os brasileiros despreparados e sem o sentimento de patriotismo que nossa geração era preparada para ter, fez coro com estes interesseiros, aumentando o impacto das queimadas e dando a impressão, para quem não conhece, que a Amazônia estaria virando um verdadeiro deserto.

 Logo em seguida, focos de incêndio de proporções gigantescas aconteceram na Europa e nos Estados Unidos em função desta modificação do bioma mundial que está se tornando prejudicial a toda a humanidade e tem na ação humana de todas as nações, culpa generalizada. Para completar, dentro do nosso próprio país, o pantanal começou a arder em fogo a partir de queimadas criminosas e todo os esforços que estão sendo desprendidos não conseguem resolver a secura dos rios e a falta de chuva jamais vista.

Deixaram de falar mal da Amazônia e começaram, pelo menos os mais inteligentes, a entender que a questão climática e ambiental é um enredado bem mais complexo do que simples tiroteio de acusações de interesse político de países que sempre tiveram interesses econômicos e políticos em nossa região. Além de toda esta ação danosa dos nossos adversários estrangeiros, nosso país trava uma briga de foice entre grupos políticos que lutam por interesses que deveriam ter o país como seu epicentro, porém o poder não deixa acontecer.

Depois de Vinte anos de um sistema de poder que dominou nosso país com um discurso populista na tentativa de se locupletar no poder, o grupo perdedor resolveu blindar qualquer grupo que venha a tentar implantar qualquer sistema político no Brasil. É neste contexto que fica difícil mostrar para o povo brasileiro o quanto nós temos para nos orgulhar com ações que deveriam ser motivo de orgulho em qualquer parte do mundo porém são deturpadas para aparentar uma situação de caos.

Durante a pandemia, enquanto grupos de gestores sem a menor honra criavam empresas fantasmas e superfaturavam a compra de respiradores, estudantes brasileiros criavam estas máquinas, a um custo muito mais baixo. Alguém viu o governo estimular estes jovens a produzir em escala e comprar deles os aparelhos? Os maiores institutos de pesquisas do mundo que buscam o desenvolvimento de vacinas contra o Covid 19 têm brasileiros em suas equipes e por aqui já se está criando formatos inéditos de aplicação de vacina. Porque então, ao invés de apenas criticar o governo e o povo brasileiro, nossa mídia não aproveita para mostrar o lado positivo?

Quem insiste em mostrar o estado lamentável do sistema educacional do nosso país, omite qual foi o período em que isto aconteceu, assim como é omitido aos mais jovens que nosso país já venceu uma crise de hiperinflação considerada invencível. Quando a inflação brasileira beirou os 4.000% e o país chegou a decretar moratória, foram economistas brasileiros que criaram um plano inédito no mundo que levou nosso país a ter a terceira moeda mais valorizada do mundo em menos de três anos. Por essa e outras é que afirmo que FAÇO QUESTÃO DE SER BRASILEIRO.

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