No dia 7 de abril é comemorado o Dia Mundial da Saúde e também o Dia do Jornalista. A Organização Mundial da Saúde (OMS) criou a data em alusão ao primeiro tema com o objetivo de que questões importantes no âmbito do bem-estar da população possam ser lembradas e debatidas, ao mesmo tempo em que é almejado que a sociedade em geral tome conhecimento da importância de se cuidar e dos direitos que possui, de forma a receber um atendimento de qualidade, eficiente e humanizado, assim como também acerca da aplicação de políticas públicas sérias e duradouras na Área.
É fato público que o Brasil tem um dos programas de saúde pública mais exitosos do mundo, o SUS (Sistema Único de Saúde). Tanto é assim que, segundo o Ministério da Saúde, somos a única Nação do Planeta com mais de 100 milhões de habitantes que tem um sistema público (financiado pelo Estado), universal (que contempla todos) e gratuito. A Constituição Federal, em seu Artigo 196, expressa claramente que a Saúde é um direito de todos e um dever do Estado. Apesar disso, sabemos que, infelizmente, a aplicabilidade ainda é uma realidade muito diferente do que está discriminado na letra da Lei. E diante deste cenário, a informação e a voz de uma imprensa livre e isenta se fazem cada vez mais necessárias.
Sendo assim, cabe-nos perceber claramente a ligação que estes 2 setores têm em seu papel perante à sociedade. Isso ficou ainda mais evidente durante a pandemia da Covid – 19, que acomete o Planeta desde o fim do ano de 2019. Gerada por um vírus ‘novo’ e até então de efeitos desconhecidos, essa patologia levou o mundo a muitas dúvidas, questionamentos e teorias. E, infelizmente, como não poderia deixar de ser, de muitas boatarias também. Quando nos deparamos com situações assim, a maior arma que temos para combater a desinformação é justamente com a verdade dos fatos. Saúde e Informação são vertentes fundamentais para a vida e para a democracia:
Tendo em vista tudo isso, mostra-se muito adequado que o Dia do Jornalista também seja celebrado na mesma ocasião, uma vez que este profissional é o responsável por apurar os fatos e levar as informações fidedignas sobre os acontecimentos (sejam estes locais, regionais, nacionais ou internacionais) para as pessoas, de maneira imparcial, isenta e ética. Seja em qual for o tipo de mídia (impressa, sonora, audiovisual ou digital) o profissional do jornalismo é quem tem a missão de levar o conhecimento do fato histórico até a população. Os Artigos 5º e 220 da nossa Carta Magna de 1988 trazem em suas composições a importância do Direito à Informação e de Liberdade de Expressão para todos; o que reforça a compreensão da alta relevância social que o jornalismo tem, pois este campo de atuação envolve diretamente princípios democráticos. Essa data alusiva foi estabelecida pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI), como uma maneira de homenagear primeiramente a Giovanni Battista Libero Badaró, uma importante voz em defesa da Independência do nosso País, com o consequente fim da monarquia portuguesa. Coincidentemente ele era jornalista e médico também.
Dada a importância destas duas esferas para toda a vida social, isso também aumenta a responsabilidade dos profissionais da saúde e dos profissionais da informação. Ambas as categorias estão na linha de frente em questões cruciais de interesse geral e infelizmente nem sempre recebem o apoio e reconhecimento necessários. Sabemos que, assim como em qualquer área, existem aqueles que não agem devidamente em suas respectivas áreas de atuação, mas isso é exceção. O mais importante é que a maioria é formada por profissionais sérios, de caráter, ilibados e que cumprem suas funções com a dedicação e o compromisso devidos. E é justamente em respeito e consideração a eles, que devemos compreender a imprescindibilidade de seus trabalhos, valorizando sua atuação e lutando, dentro da Lei, para que a saúde e a informação (bens muito preciosos a nós, cidadãos) tenham cada mais qualidade e alcance.
