26 de julho de 2024
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Pobreza e desigualdade

Nesta semana fui questionado sobre alguns temas diante da situação real que a vida nos impõe atualmente, Inclusive pela passagem do aniversário de 54 anos do projeto ZFM, a desgovernança pública estadual, parece que nada tem planejamento nesse estado, o aumento do custo de vida, o aumento da pobreza e desigualdade, ameaças reais à Zona Franca de Manaus (ZFM)/Polo Industrial de Manaus (PIM), a enchente na Amazônia, os aumentos dos combustíveis, as privatizações, a queda nas arrecadações estadual e municipal, o auxílio emergencial, o endividamento das famílias, a economia liberal ou neoliberal, a inflação, a taxa juros (Selic), vejam que são temas econômicos, pois não tratamos de outros assuntos que não dizem respeito à Ciência da Economia, mesmo que para o senso comum não pareça ser assunto econômico.

Entretanto, para o aniversário da ZFM, prefiro deixar para outros articulistas, pois já se trata tanto desse tema o tempo todo, pois há muita retórica e pouca ação efetiva para o Desenvolvimento Regional espraiado na Amazônia Ocidental. Na medida do tempo, poderemos tratar desses outros Tema, mais para frente. Assim, como pesquisador do CEA – Clube de Economia da Amazônia, muito incomoda o aumento da pobreza e desigualdade decorrente das incongruências de políticas públicas e outros mecanismos sociais.

Há quase um ano o mundo viu a pandemia COVID-19 varrer a economia mundial como uma avalanche, levando a sociedade às mudanças compulsórias, de hábitos e comportamentos sociais, com o confinamento, houve a diminuição do consumo de diversos bens e que paralisou as atividades econômicas. Contudo, o vírus se alastrou e a pandemia se agravou, levando a economia a uma acelerada crise mundial, fazendo com que as autoridades governamentais vinculassem a crise em função do avanço da pandemia, mascarando as reais causas do fracasso econômico que acarretou à economia nacional e/ou estadual à entrada de uma recessão.

Então, não mais se voltará ao “normal” de antes, pois, os caminhos terão que se ajustar às novas estratégias para o desenvolvimento econômica que será construído. Sem embargos de outras razões, o mundo e o Brasil já estão no caminho de certa forma de “barbárie”, com o aumento do desemprego, aumento da pobreza, aumento da fome, desaparecimento de empresas, maior concentração da riqueza, desaparecimento de mercados de trabalho, aumento da desigualdade, jogando as economias e as sociedades em depressão.

Contudo, a pandemia COVID-19, ainda sem protocolo definido no tratamento desse vírus, espera-se a vacina possa levar à uma “trégua” na transmissão viral na sociedade. De certa forma nos indicando que se está diante de um tipo de controle bio político, quanto aos movimentos populacionais no mundo, com todas as restrições anunciadas, não as aglomerações, uso de máscaras e toda sorte de desconfianças. Contudo, quem é pobre e precisa de transporte coletivo para ir trabalhar, como a grande maioria do povo é necessário se acotovelar em ônibus, trens e metrôs, e há quem afirme “pessoas vão morrer, mas a economia não pode parar”, como se os sistemas saúde e economia andassem separados.

Para os pesquisadores do CEA, as pressões econômicas são muito fortes e, até certo ponto, justificáveis, ou seja, é necessário admitir, para além da ideologia capitalista neoliberal, que governadores e prefeitos enfrentam, independentemente das condições estruturais atuais, quanto abrir negócios ou salvar vidas e/ou suas carreiras políticas. Todos sabem que a economia se recupera, mas as vidas perdidas não. Se a Política Econômica (PE) do governo federal procura manter a hierarquia social e econômica, associando ao um auxílio emergencial, diante das barreiras estruturais, colocando de certa forma alguns grupos contra outros por não receberem o auxílio, como certo privilégio, porém mantendo-se o desemprego em alta, aumentando o espaço de desigualdade entre os mais ricos e os mais pobres, jogando parcelas inteiras de população de base na miséria e na fome, como se pode constatar nas periferias de Manaus.

Tudo isso mexe com o pesquisador, pois o que se está a exigir do governo são ações transformadoras, por políticas públicas que possibilitem mais empregos dignos e maiores cuidados com a saúde pública. É o mínimo que se espera nesses tempos difíceis!!!

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