26 de julho de 2024
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Petrobras e figurantes – parte 1

A petrolífera, desde a sua criação, em 1953, amparando a pregação nacionalista de Getúlio Vargas, sempre enfrentou a intromissão do poder público, lembre-se o aparelhamento partidário no governo Lula, que acabou se traduzindo no petrolão, mais o uso de Dilma Rousseff para segurar a inflação. Tudo, pândego, nada sério.

Depois, a ingerência de Michel Temer na política de preços da empresa para conter a greve dos caminhoneiros, trajetória que consta em dossiê, uma relação tortuosa entre a estatal e os presidentes, nada que contrarie o pensamento neoliberal a respeito, ao proclamar “Tudo o que a iniciativa privada consegue fazer melhor que o Estado, devemos deixar a iniciativa privada fazer.”.A conferir.

Teve-se a crise do abastecimento que jogou em discussão o futuro da Petrobras, essa colossal estatal que, privatizada ou não, afinal precisa deixar de ser instrumento de uso político e alvo de rapinagem. Acolá, a greve, como se recorda, fez desaparecer o combustível dos postos em todo o país. Sucede, considerando aquele manejo do pensamento neoliberal, deve-se ter em conta que a eficácia de qualquer dos modelos não prescinde da qualidade pessoal dos figurantes encarregados de efetivar o projeto estimado, o que, a propósito, não é nenhuma novidade, bem se sabe. Recrutamento é o termo.

Logo, onde encontrar tais ativos? Reconheça-se que não será no meio político, diretamente os próprios, já que quase sempre carentes de habilidade para gerenciar o bem público, ou, quando não, e mais amiúde, ocupam-se a locupletar-se. Por outra, seus indicados sempre revelam o mesmo perfil do patronato e nisso, por favor, não se se está levantando qualquer fato novo.        

Portanto, é bem de ver, enquanto no molde estatal há a deparar-se com a desastrosa dificuldade, já no feitio privado notoriamente o empreendedor há de selecionar o melhor para confiar a administração da sua empresa, e livre de corrupção rasteira daqueloutra. Não?

Estatais. A Venezuela detém as maiores reservas de petróleo do mundo, mas nem por isso seu povo se livra da miséria. É que Hugo Chaves, ao tempo, e agora a sua trupe sempre abusaram da estatal petrolífera, a PDV/AS, festival de queima dos dólares provindos das exportações numa distribuição de benefícios insustentáveis, tudo de tal monta que acabou se quedando ou minando a própria capacidade produtiva.

Restou desse quadro que entre tantas outras privações, hoje o país importa petróleo porque suas refinarias postam-se ociosas, com extração que nunca foi tão baixa em duas décadas, estando ao redor de 1,5 milhão de barris diários, aproximadamente metade da produção brasileira. Eis que não se depara no mundo atual história semelhante de penúria em meio à riqueza.

Vamos aos figurantes do caso brasileiro, segundo o noticiário. Nosso time conta em média escalação com titulares do porte de coirões, lorpas, lesos. E reservas no banco (oficial), tipo paroaras, broncos, abestados, ou assim se mostram por conveniência. Assim, a nossa empresa sempre viveu sujeita a manipulações e aos dribles dos governantes, calhando de acontecer por vezes rapinagem pura e simples. Olha só: pelas mãos de Dilma Rousseff aproximou-se da lona, obrigada a vender gasolina abaixo do preço de custo! O prejuízo, superou 50 milhões de dólares! Quer mais? Tem mais! (Continua).

*Bosco Jackmonth é advogado (OAB/AM 436). Contato: [email protected]

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